Indústria


Linha de produção montadora no Vale do Paraíba 04/06/2014 (Clayton de Souza/Estadão)

Indústria no centro da estratégia

Para o Brasil avançar, é crucial colocar a indústria no centro da estratégia econômica. Nos últimos anos, iniciativas importantes foram adotadas, mas os entraves são tantos que ainda há muito a fazer. Com base nas propostas entregues pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aos presidenciáveis, em julho, o governo reeleito abriu o diálogo. Sob a coordenação da Casa Civil, criamos grupos de trabalho para propor ações em oito áreas: rodovias e ferrovias, desburocratização e custo do investimento, comércio exterior, energia, inovação, portos, compras governamentais, e mobilidade urbana.

Certamente, o esforço resultará em medidas em favor da competitividade. Mas a tarefa de remover os obstáculos ao crescimento deve ser permanente. Precisamos elevar a produtividade, adequar o sistema tributário, prover educação de qualidade, participar das cadeias globais de valor, fortalecer as instituições e a segurança jurídica, modernizar a infraestrutura e atualizar as relações de trabalho.

Os ajustes na política econômica em 2015 podem ajudar a recuperar a confiança e os investimentos. Mas a expectativa é de que medidas futuras resultem na volta de um crescimento mais vigoroso a partir de 2016. O compromisso, no governo e no setor produtivo, deve ser com o aumento da competitividade e o pleno desenvolvimento do País.

Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI)