A perfumada tonka, por exemplo, também conhecida como cumaru, entrou na receita do cookie de baru e manga. “Nossa confeitaria está evoluindo, o brasileiro está mais exigente e quer variedade. Conhecer novas matérias-primas ajuda nesse trabalho de criação”, afirmou o chef. Depois de cheirar, pegar e até provar alguns desses produtos tão comuns no Norte e Nordeste do Brasil, mas pouco usados por aqui, as pessoas foram levadas à cozinha para fazer os cookies.
Com uma dinâmica diferente de outras aulas de culinária, o chef dividiu os participantes em pequenos grupos na bancada, acompanhados por cozinheiros auxiliares. Entregou uma receita para cada, ingredientes e utensílios necessários e pronto. “Podem começar e qualquer dúvida me perguntem”, afirmou Chalela, instigando as pessoas a assumir de vez sua cozinha. “Quero que elas se sintam seguras e estimulem os sentidos”, explicou.
Ecléticos, os grupos eram formados por profissionais da área, gente que cozinha por prazer e outros que mal frequentam esse canto da casa. Mas ninguém se intimidou. Logo estavam se divertindo como crianças com as mãos melecadas, aprendendo truques para picar e limpar os ingredientes ou simplesmente modelando os biscoitos na assadeira. A cada receita pronta, o grupo ganhava outra diferente para fazer. Ao todo, cinco versões de cookies foram para o forno: o de goiaba crocante; o de coco com aveia; o de tonka, baru e manga; o de castanha-do-pará; e o de chocolate.
“Adorei a dinâmica. A aula foi muito divertida e realmente colocamos a mão na massa”, comentou a patissière Laura Biselli, formada em confeitaria pela escola francesa Lenôtre. O público também aprovou a escolha das receitas e depois de comer os cookies recém-saídos do forno, já crocantes por fora e levemente úmidos por dentro, ganhou outra porção embalada para viagem.