Em várias ocasiões o presidente Obama prometeu que não enviaria soldados americanos à Síria. Em 2012, Obama disse que o uso de armas químicas pelo regime de Bashar Assad cruzaria uma linha vermelha que levaria a uma ação militar dos EUA. Mas, na hora H, Obama se negou a enfrentar o governo sírio depois que ele lançou um ataque com armas químicas, que deixou centenas de mortos. No começo de 2016, Obama disse que se orgulhava de sua decisão de impedir que os EUA entrassem em outra guerra no Oriente Médio. Os americanos hesitaram em impulsionar a insurgência, limitando-se a bombardear alvos do Estado Islâmico e a proporcionar treinamento e armas leves para milicianos árabes e curdos, insuficientes para alterar o curso da guerra. Os críticos condenam a impotência do presidente americano e dizem que os EUA tiveram inúmeras oportunidades de evitar um massacre. Obama acredita que o caos na Síria pode persistir durante “um bom tempo” e o apoio de Rússia e Irã à campanha aérea do presidente sírio, Bashar Assad, estimulou a repressão de Damasco sobre os rebeldes.
O presidente eleito disse que seu governo criará “zonas seguras” para tentar ajudar os civis presos no sangrento conflito sírio, uma ideia que Obama disse ser muito difícil de pôr em prática, pois seria necessário enviar forças terrestres, algo que o governo sírio e seus aliados, Rússia e Irã, não aceitariam. Trump também prometeu ajudar a Rússia e o governo sírio a combater os membros do Estado Islâmico. No entanto, o regime de Bashar Assad está mais empenhado em lutar contra os rebeldes que buscam sua deposição. Aliados dos EUA na Europa já advertiram Trump de que sua promessa de atuar com a Rússia e Assad não reduzirá a ameaça terrorista que vem do território sírio. A guerra na Síria, que já dura quase seis anos, deixou 400 mil mortos 4 milhões de refugiados e tornou-se uma crescente ameaça à paz e à segurança da região. O drama sírio é atualmente comparado agora aos de Ruanda e de Srebrenica, na antiga Iugoslávia