Com a ajuda do chef paulista Felipe Ribenboim, essas receitas agora fazem parte do menu do hotel, e foram destaque da atividade deste domingo. No fogão a lenha, Felipe preparou três pratos para os participantes. Como entrada, o ovo cozido de galo músico ganhou um charmoso toque rústico ao ser servido em canequinhas de café. Para ficar mais gostoso, a dica é a boa e velha manteiga. Em seguida, a costelinha de porco, preparada na frigideira, fez os convidados lamberem os dedos. A carne, supersuculenta, foi acompanhada pela farofa de quirera, bem conhecida do interior, mas pouco usada na cozinha em geral. O prato ganhou uma segunda versão que agradou: a quirera servida com caldo de legumes, preparada na panela refogada na manteiga com cebola picada. Entendeu o porquê de lamber os dedos?
Por último, o chef preparou um delicioso galo com melaço, alho e alecrim. "O galo usado é o 'galo músico'. Para saber qual vai para a panela, é preciso cronometrar seu canto. Aquele que cacarejar por menos de 15 segundos, está pronto para ser comido. Os demais são bons para procriar", explica o chef. O aroma acentuado pelo alho e alecrim só deixam o prato mais irresistível. Saboroso, caramelizado, cheiroso e delicioso o definem. Para acompanhar, aposte em legumes assados.
Para Felipe, o principal dessa aula é mostrar às pessoas o que temos em nossa cozinha, como por exemplo a quirera. “Geralmente, acham que a quirera é comida de porco, por ser apenas milho moído. O que as pessoas precisam saber é que a quirera fica uma delícia com a carne de porco", brinca Felipe. Para ele, o uso de ingredientes nacionais devem ser mais usados pelos chefs, não só para a valorização da culinária brasileira, mas porque são realmente bons produtos. "Precisamos de menos fala e mais ação. E é isso que nós esperamos daqui para frente, principalmente em eventos como a Cozinha do Brasil, do Paladar."