Avanço peça por peça
Economia reage, mas incertezas ainda exigem cautela, indicam debates e palestras do 4º Summit Imobiliário
Enquanto cresce o ritmo de transações de compra e venda de imóveis no País, empresários do mercado imobiliário se veem às voltas com desafios além da economia. Essa é a conclusão central dos debates da quarta edição do Summit Imobiliário, evento realizado pelo Estadão e pelo Secovi-SP na última segunda, dia 9 de abril, no Sheraton WTC, em São Paulo.
A incerteza política, ligada a uma corrida presidencial imprevisível, é intensificada pela necessidade de o próximo governo realizar reformas que garantam investimentos e a recuperação do setor. Na esfera municipal, propostas de mudança na lei de Zoneamento dependem da chancela do Legislativo.
Somado a isso, está o aumento da insegurança jurídica, evidenciado pela paralisação dos projetos em tramitação na prefeitura após uma liminar suspender o direito de protocolo, garantia de que empreendimentos apresentados antes da nova legislação obedeçam à regra antiga. Sem regulação, casos de distratos ainda afetam o setor, contribuindo para o clima de incerteza.
Para vencer tais dificuldades, o mercado aposta na sua versatilidade. Dedica-se a criar produtos para perfis variados, investir em diferentes modelos de negócios e atrair o interesse de fundos nacionais e estrangeiros, além de aproveitar demanda represada do consumidor final, agora de volta à cena.