Uma mão segura um celular. Na tela, aparece uma pasta com sete aplicativos diferentes relacionados à criptomoedas. Ao lado do celular, uma carteira aberta e vazia está apoiada sob uma mesa. Ao fundo, um teclado de computador também está sob a mesa.
Apostar todas as economias nas moedas virtuais pode ser muito bom – ou muito ruim | Foto: Carla Bridi/Estadão

Saiba mais sobre Bitcoin e outras criptomoedas (até as mais bizarras)

De Jesus Cristo a Trump e Putin, são muitos os homenageados pelos desenvolvedores. Sem falar em memes, filmes e séries. Haja criatividade

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Ainda não entendeu direito o que é o bitcoin, a mais conhecida e valorizada moeda virtual? Então você precisa correr para se atualizar. Até porque existem cerca de 1.600 dessas criptomoedas disponíveis para negociação. Das mais sérias e valorizadas a outras incrivelmente bizarras, como a PepeCash, criada para trocar memes raros, e a RavenCoin, que  homenageia os fãs da série Game of Thrones. Vale conferir a galeria abaixo.

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Essas moedinhas são criadas por meio de uma atividade que ficou conhecida como mineração. Funciona mais ou menos assim: uma pessoa (minerador) desvenda o algoritmo da criptomoeda e, uma vez de posse dela, pode vendê-la no mercado. Para cada moeda há uma data ou uma quantidade limite de fabricação. O bitcoin, por exemplo, só será produzido até 2025.

Quem minera ou compra criptomoedas recebe uma chave pessoal, secreta, que é como um “comprovante virtual” de posse. Tanto que se você perder o  número dessa chave, nunca mais conseguirá localizar suas moedinhas. Vai perder dinheiro na certa, como já aconteceu com várias pessoas. Da mesma forma que no mundo real, esse dinheiro é guardado em uma carteira, ou wallet (sim, muita coisa é em inglês neste mundo dos mineradores), que pode ser um programa de computador, um aplicativo ou uma nuvem de dados para armazenar todas as suas chaves virtuais.

A negociação de moedas virtuais é feita sem intermediários, ou seja, de pessoa para pessoa (P2P, na sigla em inglês). Basta que o vendedor entregue ao comprador a chave pública da criptomoeda em seu poder – correspondente à chave privada que ele recebeu ao adquirir a moeda. Essa chave pública, por sua vez, gera uma nova chave privada para o comprador.

É arriscado investir em moedas virtuais?  Bem, daí a gente tem de voltar ao começo da história. Quando se fala em criptomoedas, o aspecto que mais incomoda governos é o fato de que elas são fabricadas por pessoas ou empresas, sem um banco central que regule a emissão e a quantidade de moedas que circulam. É bem diferente do que ocorre com o real ou o dólar, por exemplo, que estão ligadas aos respectivos Bancos Centrais brasileiro e americano. Tecnicamente, no Brasil, bitcoins e afins nem são reconhecidas como moedas.

Como não há esse controle, o preço das criptomoedas é definido pelo livre mercado, seguindo as leis da oferta e da demanda. Ou seja, se há uma grande quantidade de pessoas querendo comprar uma certa criptomoeda, ela consequentemente ficará mais cara. Se, de repente, ocorrer o movimento contrário, o valor despenca. O lado bom da moeda é que dá para ganhar muito com uma negociação. Já o ruim pode ser ruim mesmo.