Ainda não entendeu direito o que é o bitcoin, a mais conhecida e valorizada moeda virtual? Então você precisa correr para se atualizar. Até porque existem cerca de 1.600 dessas criptomoedas disponíveis para negociação. Das mais sérias e valorizadas a outras incrivelmente bizarras, como a PepeCash, criada para trocar memes raros, e a RavenCoin, que homenageia os fãs da série Game of Thrones. Vale conferir a galeria abaixo.
Galeria de fotos
1/16 - Dogecoin: Criada em 2013 a partir do meme “Doge” (aquele cachorro da raça Shiba Inu que viralizou nas redes), a moeda é um dos poucos casos de brincadeira que deu certo. Cinco anos depois, o capital de mercado da Dogecoin atingiu o pico de R$ 1,956 bilhão, posicionado em 36º lugar no ranking geral das criptomoedas (em 26/07/2018). Arte: Divulgação/Dogecoin
2/16 - PepeCash: Lembra do sapo Pepe? Pois é. Ele ficou tão famoso nas redes que se transformou numa moeda criada para trocar memes considerados raros. Qualquer um pode manipular a imagem do sapinho e submetê-la à plataforma. Se alguém quiser comprar o meme, o criador será remunerado em PepeCash. Seu capital de mercado costuma variar na casa dos US$ 12 milhões (em 26/07/2018). Uma variação da Pepe Cash é a Pepe Coin, ou Memetic, que também utiliza o rosto do sapinho e está inserida no mercado dos memes. Arte: Divulgação/Pepe Coin - Memetic
3/16 - Cobinhood: Fora o nome engraçadinho, que faz menção a Robin Hood, a moeda não é lá muito interessante. A plataforma realiza missões com data e horário. Ao cumprir essas tarefas, a pessoa ganha tíquetes da “Máquina de Doces”, que permitem trocar a moeda por bitcoins sem pagar taxa. O capital da Cobinhood está em US$ 18 milhões (em 26/07/2018). Arte: Divulgação/Cobinhood
4/16 - Criptomoedas da maconha: Existem nada menos que 11 moedas virtuais que fazem referência à maconha. A Potcoin, que é de longe a mais bem avaliada, atingiu seu pico em dezembro de 2017, com capital de mercado de US$ 93 milhões. As demais não têm posição significativa no mercado. Arte: Divulgação/Cannabis Coin
5/16 - BnkToTheFuture: Ainda não ligou o filme à moeda? Ela faz referência a De Volta para o Futuro, clássico definitivo dos anos 1980. A nota engraçadinha aqui é substituir o “Back”, do título em inglês”, por Bnk, uma abreviação de banco. Voltada para o mercado de fintechs e blockchains, a criptomoeda tem capital de mercado de US$ 42,8 milhões (em 26/07/2018). Arte: Divulgação/Bnk To The Future
6/16 - RavenCoin: Os fãs de Game of Thrones também foram devidamente contemplados. Na série, os corvos (ravens, em inglês) são usados como pombos-correio, que levam “declarações da verdade”. A RavenCoin, por sua vez, promete mostrar a verdade sobre o proprietário dos ativos, garantindo segurança nas negociações P2P. O pico do capital de mercado da moeda chegou a US$ 56 milhões em 2018. Arte: Divulgação/Ravencoin
7/16 - Jesus Coin: O objetivo da moeda de Jesus é a descentralização do Filho de Deus, acessível a todos. Porém, o trocadilho com a descentralização das criptomoedas não deu muito certo. Desde sua criação, em fevereiro de 2018, a moeda só se desvaloriza, com capital de mercado atual de US$ 1,5 milhão (em 26/07/2018). Arte: Divulgação/Jesus Coin
8/16 - As safadinhas: Como tudo o que se disser sobre essas criptomoedas pode ser mal interpretado, melhor ficar nas informações básicas: quatro moedas virtuais fazem referência a sexo ou ao mercado pornográfico. A mais famosa é a Spankchain, com valor de mercado de quase US$ 21 milhões (em 26/07/2018). Ela está bem no ranking, mas vem sofrendo quedas desde fevereiro. Arte: Divulgação/Tittie Coin
9/16 - Mars Coin: Parece ficção científica, mas não é. Esta moedinha foi desenvolvida com a missão de arrecadar fundos para colonizar Marte. O site da criptomoeda afirma já ter doado US$ 800 mil a duas instituições que investem em pesquisas para a construção de uma nova sociedade no planeta vermelho. Quem se habilita? Arte: Divulgação/Marscoin
10/16 - As políticas: Troca uma TrumpCoin por uma PutinCoin? Sim, os dois presidentes viraram criptomoedas. A lista segue com a premiê britânica, Theresa May, e o presidente da França, Emmanuel Macron. Também existe uma perspectiva histórica com homenagem a Karl Marx e ao ex-presidente chinês e líder da Revolução, Mao Tse Tung, com a Mao Zedong. Arte: Divulgação/PutinCoin e Divulgação/MacronCoin
11/16 - Jobs Coin: Steve Jobs, morto em 2011, também entrou para a lista dos homenageados com uma criptomoeda. Para a tristeza dos fãs do fundador da Apple, no entanto, a Jobs Coin não é nada valorizada no mercado virtual. Ao contrário das ações reais da gigantesca empresa da maçã. Arte: Divulgação/Jobs Coin
12/16 - Einsteinium: Como o objetivo desta criptomoeda é arrecadar fundos para pesquisa científica, nada mais adequado do que batizá-la com o nome do físico alemão Albert Einstein, acrescentando um quê de elemento físico. A sigla escolhida para o mercado (EMC2) é uma simplificação da famosa fórmula de equivalência entre massa e energia: E=MC² Arte: Divulgação/Einsteinium
13/16 - Dom Raider: Quem lembra da Lara Croft, personagem interpretada pela atriz Angelina Jolie na série de filmes Tomb Raider? A criptomoeda Dom Raider tem nome e símbolo com referência à heroína saída do videogame. Arte: Divulgação/Dom Raider e Divulgação/Tomb Raider
14/16 - Evil Coin: A Moeda do Mal é mais um exemplo engraçadinho. O símbolo com algo que se assemelha a um zumbi vem acompanhado da frase “Confiamos no Mal. Sempre faça o mal”. Que medo! Arte: Divulgação/Evil Coin
15/16 - AKoin: Akon, o rapper americano de ascendência senegalesa, decidiu criar uma criptomoeda que será a moeda de troca oficial de uma cidade modelo futurista no Senegal. No evento de lançamento, o cantor definiu a Akon Crypto City como a “Wakanda da vida real”, cidade do filme Pantera Negra. O projeto completo pretende estimular o empreendedorismo de jovens africanos. Foto: REUTERS/Shannon Stapleton. Arte: Divulgação/Akoin
16/16 - Ronaldinho Soccer Coin (RSC): Ronaldinho Gaúcho acaba de entrar na febre das criptomoedas. A ideia é que a RSC seja a moeda de uma rede mundial de “estádios digitais”, onde os usuários poderão jogar online e apostar em resultados de jogos do mundo real. Há fila de espera para a venda privada das ICOs da moeda. Já as vendas ao público devem ocorrer a partir de 16 de agosto. Arte: Divulgação/Ronaldinho Soccer Coin
Essas moedinhas são criadas por meio de uma atividade que ficou conhecida como mineração. Funciona mais ou menos assim: uma pessoa (minerador) desvenda o algoritmo da criptomoeda e, uma vez de posse dela, pode vendê-la no mercado. Para cada moeda há uma data ou uma quantidade limite de fabricação. O bitcoin, por exemplo, só será produzido até 2025.
Quem minera ou compra criptomoedas recebe uma chave pessoal, secreta, que é como um “comprovante virtual” de posse. Tanto que se você perder o número dessa chave, nunca mais conseguirá localizar suas moedinhas. Vai perder dinheiro na certa, como já aconteceu com várias pessoas. Da mesma forma que no mundo real, esse dinheiro é guardado em uma carteira, ou wallet (sim, muita coisa é em inglês neste mundo dos mineradores), que pode ser um programa de computador, um aplicativo ou uma nuvem de dados para armazenar todas as suas chaves virtuais.
A negociação de moedas virtuais é feita sem intermediários, ou seja, de pessoa para pessoa (P2P, na sigla em inglês). Basta que o vendedor entregue ao comprador a chave pública da criptomoeda em seu poder – correspondente à chave privada que ele recebeu ao adquirir a moeda. Essa chave pública, por sua vez, gera uma nova chave privada para o comprador.
É arriscado investir em moedas virtuais? Bem, daí a gente tem de voltar ao começo da história. Quando se fala em criptomoedas, o aspecto que mais incomoda governos é o fato de que elas são fabricadas por pessoas ou empresas, sem um banco central que regule a emissão e a quantidade de moedas que circulam. É bem diferente do que ocorre com o real ou o dólar, por exemplo, que estão ligadas aos respectivos Bancos Centrais brasileiro e americano. Tecnicamente, no Brasil, bitcoins e afins nem são reconhecidas como moedas.
Como não há esse controle, o preço das criptomoedas é definido pelo livre mercado, seguindo as leis da oferta e da demanda. Ou seja, se há uma grande quantidade de pessoas querendo comprar uma certa criptomoeda, ela consequentemente ficará mais cara. Se, de repente, ocorrer o movimento contrário, o valor despenca. O lado bom da moeda é que dá para ganhar muito com uma negociação. Já o ruim pode ser ruim mesmo.