Duas mãos seguram dois celulares. Cada celular tem a imagem de uma mão, para representar que o relacionamento está cada vez mais digital. A imagem foi distorcida para gerar um efeito futurístico.
Hoje, o relacionamento com os bancos já é bem digital. Quais outras novidades o futuro nos reserva? | Foto: Carla Bridi/Estadão

Gerente não está só na agência do banco

Comunicação e relacionamento entre instituições e clientes são feitos por WhatsApp e até com ajuda de robôs

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O contato dos seus pais com o banco sempre teve nome e sobrenome: o do gerente da agência perto da sua casa. Ele personificava a instituição quando o assunto era relacionamento com os clientes. Uma relação muitas vezes marcada pela necessidade de ir até lá, no horário bancário, e eventualmente esperar para falar com o gerente.

Muito já mudou desde que o canal físico deixou de ser o único para cuidar das finanças. O Banco do Brasil, por exemplo, inseriu a inteligência artificial nos atendimentos em primeiro nível. Quando um cliente fala com o banco pelas redes sociais, quem responde é um robô e só em um segundo nível, quando necessário, o atendimento é personalizado.

No Nubank, o atendimento é feito pelo chat do aplicativo. Outra fintech que inova na linguagem com o usuário é a Warren, plataforma digital de investimentos, que optou por um ambiente de navegação com uma linguagem leve. Logo de início a navegação do site leva você a uma conversa casual para definir seu perfil de investidor.

Warren/DivulgaçãoJanela de chat, onde há uma conversa entre o robô do site Warren e um cliente. As caixas de texto falam: Robô - “Antes de começarmos, como posso te chamar?”, cliente - “Meu nome é Victoria”, robô - “Prazer, Victoria. Então, a primeira coisa a fazer é identificar o seu perfil como investidor. Para isso, vou fazer algumas perguntas básicas, ok? Qual sua idade?”, cliente - “23”, robô - “Ah meus 20 e poucos…(ops… chat errado) Quando surge o assunto investimento, qual é o seu primeiro pensamento?” Em seguida, aparecem duas opções de botão para clicar: “Nem me fale” e “Eu gosto disso”.
Chatbot: quem te responde no chat é um robô

O banco do futuro utilizará a chamada computação cognitiva cada vez mais na evolução da relação cliente e banco. Segundo um estudo da Simply, empresa de tecnologia e inovação, os aplicativos dos bancos digitais poderão juntar dados coletados em redes sociais e comentários enviados via Facebook ou Twitter com o perfil de compras, gastos com entretenimento e outros dados demográficos. Assim, o banco conhecerá melhor seus clientes, suas experiências e expectativas.