Com o casamento e o nascimento do primeiro filho, novas preocupações surgem. É nessa fase que, geralmente, as pessoas começam a pensar mais seriamente em contratar seguros. Em caso de morte do beneficiário, é possível deixar garantias de que a família vai se reestruturar e as eventuais dívidas serão quitadas.

Além desse seguro de vida com cobertura mais ampla, os seguros residencial e educacional são indicados para quem passou dos 40 anos. Segundo consultores, esses produtos garantem a integridade do lar e a continuidade dos estudos dos filhos por quantias pequenas, se comparadas com o valor do imóvel ou da mensalidade escolar.

Confira os tipos mais indicados pelos especialistas:

Seguro de vida

Na faixa dos 40 anos, é recomendado incluir a possibilidade de morte no seguro de vida. O beneficiário pode escolher diversas coberturas que preveem, por exemplo, serviços funerários. É uma garantia temporária de que a família poderá manter o padrão de vida após a morte de um parente.

Segundo o diretor geral de Riscos de Pessoas do Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre, Enrique de la Torre, estudos mostram que, em média, as famílias demoram cerca de cinco anos para se recuperar financeiramente após a perda do provedor. “Antes de contratar um seguro de vida, é importante calcular o quanto você contribui para o orçamento familiar durante o ano e as despesas escolares”, afirma. Outra recomendação é reservar 20% da indenização para os gastos com inventário.

O seguro de vida não entra em inventário e não é passível de penhora para pagamento de dívidas. A cobertura é recebida pelo beneficiário em até 30 dias do aviso de sinistro.

Seguro educacional

Para quem tem filhos que ainda estão estudando, o seguro educacional pode trazer garantias em caso de morte ou desemprego. Geralmente, o serviço é oferecido diretamente pela escola na hora da matrícula, em parceria com uma seguradora.

“No caso de desemprego, as mensalidades são quitadas por seis meses, período em que a pessoa pode se recuperar financeiramente. Mas em caso de morte ou invalidez do segurado, a cobertura vai até o fim da formação do filho”, explica o sócio da Minuto Seguros, Manes Erlichman. Ainda segundo ele, os valores são incluídos na mensalidade e variam entre R$ 5 e R$ 15.

Seguro residencial

Muita gente já realizou o sonho da casa própria ao chegar aos 40 anos. Proteger o interior do imóvel contra danos varia de acordo com o tipo de residência em que o segurado mora e a cobertura adotada. Coberturas para apartamentos, em geral, são mais baratas do que para casas residenciais ou de veraneio, por causa da menor exposição do imóvel. “De modo geral, o seguro residencial não passa de R$ 500 a R$ 600 por ano”, garante o coordenador da Comissão de Tecnologia do Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado de São Paulo (Sincor-SP), Marcelo Blay.

Em 2016, 14,5% dos domicílios brasileiros estavam protegidos, contra 13,3% em 2015, o que representa um aumento em torno de 800 mil novas apólices do produto, segundo a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg).

Os planos cobrem incêndio, explosão, cobertura de raios, danos elétricos, roubos e outros tipos de prejuízos ao imóvel. Também é possível contratar uma cobertura para as despesas de aluguel e serviços de assistência para problemas hidráulicos, elétricos e conserto de eletrodomésticos. A SulAmérica, por exemplo, oferece o serviço de coleta e reciclagem de eletroeletrônicos usados e envia técnicos para verificar instalações que causem riscos a crianças ou idosos na residência. Quem tem cachorro em casa pode incluir danos a terceiros, ou seja, a seguradora fica responsável pela indenização se o animal morder alguém.

É preciso ficar atento na hora da contratação, porque furtos simples, defeitos preexistentes e falhas na construção não são cobertos.

Seguro diabetes

Quem sofre com doenças crônicas também pode contratar proteção extra. A seguradora American Life, por exemplo, oferece serviço específico para quem tem diabetes melittus do tipo 1 ou 2. O tíquete médio é de R$ 125 por mês.

Esse valor garante que a família ou os dependentes não fiquem descobertos em caso de morte (natural ou acidental) ou invalidez por acidente. O público que procura esse serviço tem entre 40 e 55 anos. “É um nicho de mercado que identificamos”, afirma o CEO da American Life, Pedro Pereira de Freitas.