Há poucos cursos sobre Crowd Economy no País

Perestroika

A Perestroika é uma escola especializada em empreendedorismo criativo. FOTO: DIVULGAÇÃO/PERESTROIKA

Alana Martins e Leonardo Costa

Quem busca formação e qualificação para utilizar a crowd economy encontra poucas alternativas entre as universidades brasileiras. O novo conceito, que reúne construção e financiamento colaborativo de ideias e projetos, ganhou o mundo com a internet, que permitiu que pessoas de diferentes partes do mundo entrassem em contato para trocar conhecimento. Ao contrário de países desenvolvidos, como os Estados Unidos, que apostam no ensino dessas novas ferramentas, os brasileiros saem da escola despreparados.

"O atraso se deve à necessidade de desenvolver metodologias confiáveis para uso da inteligência coletiva", afirma o professor do curso de Gestão Empresarial, da Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatec) Claudio Leandro. Para o professor Marcelo Pimenta, do curso de Crowdsourcing da ESPM, que já formou 25 alunos

em três turmas desde 2011, um dos motivos para esse cenário é o fechamento do setor empresarial. As empresas, diz ele, têm dificuldades em trabalhar com os conceitos de transparência, colaboração e compartilhamento necessários para o crowd.

O publicitário Eric Hayashi, que fez um curso de crowdsourcing neste ano na ESPM, terminou a faculdade sem ter aprendido muito sobre o tema. "Em 2010, pouco se falava da crowd economy ou empreendedorismo." Atualmente, ele é um dos fundadores da Synapseshub, plataforma que oferece ferramentas digitais gratuitas para auxiliar empreendedores a desenvolver projetos e startups.

Há cursos fora das universidades. Um deles é o de empreendedorismo criativo, oferecido pela Perestroika, que tem unidades em São Paulo, Rio e Porto Alegre. O curso, com duração de três meses, é oferecido duas vezes por ano e custa de R$ 2,8 mil a R$ 3,9 mil.