PREFEITURA INICIA TAPA-BURACO
DE CICLOVIAS E HADDAD
DIZ QUE OBRA VEIO PARA FICAR

 

 

 

Diego Zanchetta e Julio Maria

 

A Prefeitura de São Paulo informa que uma “operação tapa-buraco” será iniciada nas ciclovias da região central a partir desta segunda-feira, dia 30. Os reparos serão feitos pela Subprefeitura da Sé em trechos como os da Avenida Duque de Caxias e da Rua General Júlio Marcondes Salgado e ao longo da Avenida São João.

 

A gestão Fernando Haddad (PT) informa também que todos os problemas apontados pelo Estado serão vistoriados pelo Departamento de Sinalização da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). “A Subprefeitura da Sé realiza diariamente uma série de pequenas obras, como recomposição de calçadas, guias, sarjetas e tapa-buraco em leitos asfaltados da região”, diz a Prefeitura.

 

Em entrevista ao Estado, durante evento cultural na quarta-feira, dia 25, Haddad defendeu o projeto das ciclovias e disse acreditar que nenhum outro prefeito terá coragem de acabar com as faixas. “Ninguém vai querer tirá-las”, afirmou ele. O prefeito também disse apostar no aumento dos usuários com o passar do tempo.

 

“Pergunte a quem implementou ciclovias em outros países. Isso (o pouco uso) é normal no mundo inteiro. As ciclovias vêm antes dos ciclistas. Hoje, quem usa mais são os cicloativistas. O ciclista vem depois. Em alguns países, eles só apareceram seis anos depois da implementação”, argumentou o prefeito.

 

Haddad também defendeu os gastos para a implementação dos 400 quilômetros de ciclovias na cidade e disse que a iniciativa do Ministério Público Estadual (MPE) de pedir a paralisação de todas as novas obras aumentou a discussão sobre o tema na cidade. Na sexta-feira, dia 27, porém, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) derrubou a liminar que atendia ao pedido da promotora de Habitação e Urbanismo Camila Mansour Magalhães da Silveira.

 

“É o investimento (para a construção de 400 km de ciclovias) mais barato que estou fazendo na cidade. São R$ 80 milhões para 400 km, mas ela é mesmo mais visível e, como mexe com a cultura, sofre a contestação da oposição. Mas eu quero ver alguém desfazer isso. Se você verificar: o que aconteceu na cidade depois da liminar da Justiça? Um movimento de contestação, não de apoio à decisão que foi tomada, que é provisória, mas de apoio à política pública. Acho que essa decisão acabou favorecendo um debate na cidade”, afirmou o prefeito.