Espumantes brasileiros com Feijoada


Edécio Armbuster


Espumante gelado para um batalhão e vamos botar água no feijão

texto: Daniel Telles Marques
foto: JF DIóRIO/estadão
Feijoada, cerveja e caipirinha são um triângulo amoroso desde que o samba é samba. Por que não então uma outra bebida ácida ou fermentada? Por que não uma bebida com essas duas características? Por que não espumantes? A Academia Brasileira de Gastronomia quer pôr espumante no feijão. "Nossa culinária tem 500 anos e nossos vinhos palatáveis, tidos como finos, são produzidos há 40 anos", disse Edécio Armbuster, vice-presidente da Academia Brasileira de Gastronomia. Para compensar o anacronismo é preciso testes.

Dez espumantes foram para as taças: Cave Geisse Natur, Valduga Gran Reserva Natur, Valduga 130 Brut, Salton Evidence, Miolo Millesime Brut, Terranova Blanc de Blancs, Cave Geisse Blanc de Blancs, Cave Geisse Blanc de Noirs, Kranz Brut Rosé e Chandon Excellence.

"Harmonização é uma arte complicada. Cada prato tem sua harmonização específica: a feijoada do Hyatt pedirá uma bebida e a do Bolinha, outra", explicou Armbuster.

Entender o prato é importante para pensar no que casa melhor com ela. "O que é a feijoada para vocês? Um prato leve, untuoso, salgado…? Sal não combina bem com tanino, o ideal é um vinho com bastante acidez e nossos espumantes têm bastante acidez. A caipirinha ajuda a quebrar a gordura com sua acidez e a cerveja é leve para lavar a língua. O espumante cobre essas duas características.

"A missão da academia é fazer cada vez mais tipos de harmonizações como essa, com pratos brasileiros e vinhos brasileiros", disse Armbuster.