13 dúvidas comuns sobre a Rússia
1. Como faço para me comunicar?
Nas cidades grandes e turísticas, muitas pessoas (na maioria jovens) falam inglês. É o caso de Moscou e São Petersburgo. De qualquer forma, aplicativos como o Google Tradutor ajudam muito – você escreve no seu idioma e a pessoa lê no dela. Outra dica é aprender ao menos algumas letras/sinais do alfabeto cirílico (são 33). Isso ajuda a deduzir o que está escrito nas placas e avisos (você vai se surpreender com algumas semelhanças). Ainda melhor é saber expressões básicas em russo – nem que seja dizer que você não sabe falar russo (ia ni gavariu pa-russki). Veja mais dicas em bit.ly/falarusso.
2. Como estará a temperatura na época da Copa?
A Copa ocorrerá durante o verão russo. Outra boa notícia para os torcedores é que as cidades-sede estão localizadas na parte ocidental do país, que tem temperaturas mais amenas. Durante o mundial, a previsão é de mínima de 15 graus e máxima de 30 graus, com estimativa de média de 20 graus. Nas outras estações do ano, o clima, de modo geral, é mais rigoroso – no inverno, a temperatura pode baixar até os 40 graus negativos (é raro, mas acontece).
3. Posso dirigir na Rússia?
Existem duas formas legais. Uma delas é portar a CNH acompanhada de uma via em russo traduzida por um profissional credenciado para traduções juramentadas. A outra é pedir a Permissão Internacional para Dirigir (PID), que deve ser solicitada no Estado em que a CNH foi emitida – em São Paulo, é possível fazer o pedido também pela internet no site do Detran-SP. É necessário estar com a CNH regularizada e dentro do prazo de validade. Não se esqueça que as placas estarão no alfabeto cirílico.
4. Ainda vou encontrar aéreo saindo do Brasil?
Sim. O preço médio das passagens de ida e volta na época da Copa está em torno de R$ 4.500. A maior parte dos voos internacionais chega a Moscou pelo aeroporto de Sheremetyevo. Para ir ao centro, o trem Aeroexpress tem ótimo custo-benefício e parte de meia em meia hora para a estação central Belorruskaya (viagem de 35 minutos). Há terminais de autoatendimento em inglês no aeroporto e as passagens custam a partir de 500 rublos (R$ 28) na classe Standard (econômica), com assentos confortáveis e espaço para as bagagens.
5. Qual moeda levar?
Embora muitas casas de câmbio no Brasil trabalhem com o rublo, é mais vantajoso financeiramente levar dólar ou euro e trocar nas casas de câmbio do país. Em média, R$ 1 vale 17 rublos. As notas, por isso, são todas altas: começam em 100 rublos.
No início de abril, em Moscou, a cotação era em média US$ 1 para 60 rublos e 1 euro para 73 rublos. Tente trocar o dinheiro nas maiores cidades e em casas de câmbio (em russo, obmen valyuty) da região central, onde o crédito é mais vantajoso. Cartões de crédito são bem aceitos. E tome cuidado com batedores de carteira em pontos turísticos.
6. Quais aplicativos ajudam?
Há Wi-Fi gratuito no metrô e nos ônibus, mas garantir o chip local é uma escolha acertada. A MTS é a principal operadora. É possível comprar um chip no Brasil, como o da TravelSim. Para se comunicar, baixe no celular o alfabeto em cirílico. Aplicativos como iTranslate e o Google Tradutor são aliados. Yandex Maps, Google Maps e Apple Maps ajudam no deslocamento (baixe e use no modo offline). No transporte público, aposte no Yandex.Metro; para pedir um táxi de forma segura as opções são o Yandex.Taxi, o Get.Taxi ou o Wheely. Uber também funciona.
7. Como se locomover entre as cidades-sede?
Como as distâncias são grandes, na maioria das vezes o melhor é ir de avião (média de R$ 300 por trecho) – a local Aeroflot surpreendeu positivamente. Os trens são mais baratos e, na Copa, serão gratuitos para quem tiver ingresso/FanID (é preciso reservar: bit.ly/andarcopa). A desvantagem é que o tempo de viagem aumenta bastante – de Moscou para Ecaterimburgo, são 2h30 de avião e 27h pela estrada de ferro. A exceção é o trecho Moscou-São Petersburgo, para o qual há um trem bala muito confortável, o Sapsan (4h de viagem, cerca de R$ 150; bit.ly/russiadetrem).
Dentro das cidades, o transporte também será gratuito em dias de jogos para quem tiver ingresso.
8. Quais os pratos típicos?
Sim, tem McDonald’s, mas provar alguns ícones é indispensável. Comece pelo estrogonofe: na Rússia, a receita é servida com purê de batata, sem arroz nem batata palha. A borsch, sopa de beterraba, é um clássico e fica ainda mais gostosa acompanhada de sour cream (creme de leite azedo). Prove o caviar (ikra, em russo), que vem direto do Mar Negro. De sobremesa, prove a pavlova, um tipo de merengue coberto com frutas vermelhas – o doce homenageia a bailarina russa Anna Pavlova. Para acompanhar, conhaque, vodca (servida pura ou em drinques) ou, sem álcool, o refrescante kompot. Conheça outras comidinhas típicas: bit.ly/logoalicomida.
9. Preciso de visto? E vacinas?
Brasileiros não precisam de visto para permanecer até 90 dias no país, com múltiplas entradas e saídas. Além disso, o presidente Vladimir Putin assinou em 2016 uma lei que derruba a exigência de visto para turistas de todo o mundo que tenham ingressos para os jogos do Mundial. Nenhuma vacina é exigida para entrar no país, mas a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo recomenda a vacinação contra sarampo em razão do surto da doença na Europa.
10. Onde me hospedar?
Em Moscou e São Petersburgo, a variedade é grande, com redes de hotéis como Four Seasons (a partir de 515 euros) e Hilton (a partir de 89 euros) e hostels mais econômicos. O Airbnb tem disponibilidade de hospedagem em todas as cidades-sede que recebem jogos do Brasil. Outra opção são os cruzeiros. As empresas organizaram roteiros com pernoites maiores em São Petersburgo, de maneira a permitir que os passageiros assistam a jogos na Arena Zenit. Para ver Brasil x Costa Rica, o navio Crystal Serenity, da Crystal Cruises, fica na cidade de 22 a 24 de junho (11 noites, US$ 4.785). Para outros jogos: Azamara (12 noites, US$ 2.499, ancorado de 25 a 27/6) e Costa Cruzeiros, 7 noites, ancorado de 19 e 20/6, por R$ 2.289. Preços mínimos por pessoa, em cabine dupla.
11. Ainda há vagas para assistir aos jogos da Copa?
Sim. Algumas operadoras (Stella Barros, Flytour, Agaxtur, CVC, Honour Experiences, 55 Destinos) são autorizadas pela Fifa a comercializar também ingressos. Na Stella Barros, os pacotes incluem hospedagem em Moscou e São Petersburgo, city tour e transporte para os jogos (4.073 euros por pessoa, 4 noites). Na 55 Destinos, 7 noites em São Petersburgo, de 5 a 12/7, com transporte, 5.744,83 euros. Na Submarino Viagens, inclui aéreo do Brasil e seis noites em Moscou (saída em 16/6); R$ 5.903. Na CVC, com ingressos para dois jogos do Brasil, sete noites de hospedagem entre Moscou e São Petersburgo, transporte: R$ 25.828. Preços mínimos por pessoa em quarto duplo.
12. Há ingressos para partidas da Copa do Mundo?
Segundo o Comitê Organizador Local, restam apenas 11% da carga de 2,2 milhões de ingressos colocada à venda. Tanto a abertura quanto a final têm entradas esgotadas, assim como todas as partidas do Brasil (mas é possível comprar com operadoras autorizadas). Ainda há cerca de 30 jogos disponíveis (tickets.fifa.com), como Irã x Espanha (a partir de US$ 105), em Kazan, no dia 20/6.
13. Onde serão as Fan Fests?
Não é só futebol. Desde 2006, quando ocorreu a primeira edição na Alemanha, as festas oficias da Fifa reúnem milhares de torcedores para assistirem aos jogos. Sempre em grandes espaços públicos, contam com telões e atrações musicais, transformando as exibições das partidas em um verdadeiro carnaval. Na Rússia, serão 11 (uma em cada cidade-sede), a maior delas na Universidade de Lomonosov, em Moscou, com capacidade para 40 mil pessoas. Veja onde serão as outras: bit.ly/fan-fest-russia.