A oposição ao governo Dilma Rousseff começou a se mover para usar as "pedaladas fiscais" e o possível crime de responsabilidade fiscal como razão para um pedido de impeachment da presidente. O governo teme e acompanha o assunto de perto. Por ordem de Dilma, o governo montou uma força-tarefa para defender a presidente da acusação da oposição e para conseguir retardar uma decisão do TCU, que poderia inviabilizar a aprovação das contas do governo federal de 2014, que serão apreciadas pelo Tribunal de Contas.
Além disso, o Ministério Público Federal abriu uma nova investigação, no fim de abril, que é ainda mais dramática. O procurador Ivan Cláudio Marx, do Núcleo de Combate à Corrupção do MPF, abriu uma investigação para averiguar se, com as pedaladas fiscais, o governo infringiu o artigo 359-A do Código Penal, que prevê reclusão do gestor público de até dois anos. O artigo 359-A do Código Penal proíbe "ordenar, autorizar ou realizar operação de crédito, interno ou externo, sem prévia autorização legislativa". Segundo o procurador, "o crime é fazer uma operação de crédito tácito". Por conta disso, também, parlamentares da oposição entraram com uma ação na Procuradoria Geral da República, em 26 de maio, para que o governo seja responsabilizado também por crime penal.
Um caso que começou em 2013, foi revelado em 2014, ganhou a arena política e promete continuar monopolizando as atenções até o fim de 2015.