O ex-triplista e professor Nelson Prudêncio, de 68 anos, morreu em São Carlos em decorrência de um câncer de pulmão. Ele conquistou duas medalhas olímpicas: prata em 1968 e bronze em 1972 Jonne Roriz/Estadão
O ex-triplista e professor Nelson Prudêncio, de 68 anos, morreu em São Carlos em decorrência de um câncer de pulmão. Ele conquistou duas medalhas olímpicas: prata em 1968 e bronze em 1972
Jonne Roriz/Estadão
Nelson, que nasceu na cidade de Lins, em 4 de abril de 1944, começou no atletismo tardiamente, com quase 20 anos
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O ex-atleta foi descoberto na cidade de Jundiaí, para onde mudou na infância. Destacou-se no futsal mas, levado ao atletismo, sagrou-se campeão sul-americano do triplo com apenas cinco meses de treinamentos, que dividia com o trabalho de torneiro mecânico
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Em 1966, foi apontado pelo bicampeão olímpico Adhemar Ferreira da Silva como seu sucessor. No ano seguinte, conquistou a prata no Pan de Winnipeg
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Nelson faz parte da 'santíssima trindade' do salto triplo brasileiro, formada por Adhemar Ferreira da Silva e João Carlos de Oliveira, o João do Pulo
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A prova do salto triplo nos Jogos da Cidade do México foi uma das mais espetaculares da história olímpica
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Na final olímpica, o recorde mundial foi batido nove vezes - Nelson teve o seu, quando alcançou 17,27 m. A marca, porém, foi superada pelo soviético Viktor Saneyev, que ficou com o ouro (17,39 m)
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'Quero agradecer a todos os brasileiros. Agora, deixem-me só que quero chorar', disse o saltador após ficar com o segundo lugar
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Quatro anos mais tarde, Nelson Prudêncio voltou a figurar no pódio de uma Olimpíada - nos Jogos de Munique, em 1972, foi medalha de bronze
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Assim como ocorreu na Cidade do México, em 1968, o soviético Viktor Saneyev foi ouro (17,39 m). O brasileiro conquistou sua segunda medalha com o salto de 17,35 m
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Entre suas duas medalhas olímpicas, Nelson fez a faculdade de Educação Física, em São Carlos. Baseou-se na cidade, onde era professor, com doutorado e mestrado na área
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Sua especialidade como professor, claro, era o salto triplo. Defendeu sua tese de doutorado aos 62 anos, na qual propunha um modelo de detecção de talentos para a prova que o consagrou
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