Luiz Antônio Prósperi
Felipão ficou sabendo de sua demissão do comando da seleção poucos minutos depois de a notícia ter sido vazada na TV Globo, horas depois do encerramento da Copa do Mundo com a conquista da Alemanha no Maracanã. Ele não imaginava que poderia ser afastado do cargo tão rápido. O treinador havia prometido entregar um relatório a José Maria Marin, então presidente da CBF, com tudo o que a comissão técnica fez e as suas avaliações do desempenho do Brasil.
A demissão o surpreendeu. Na sua cabeça, passava a chance de prosseguir no comando para reestruturar a seleção. Assustado com a decisão da CBF, Felipão perdeu o rumo. Pessoas próximas a ele temiam até por um problema repentino de saúde. A psicóloga Regina Brandão, que acompanha o técnico desde os anos 90, chegou a pensar que Felipão encerraria a carreira.
Inconformado com a demissão e alvo de críticas de todos os setores, ele não se convenceu de que o melhor seria se afastar do futebol. De nada adiantaram os apelos de familiares. Ele só voltou a “respirar” quando seu amigo Fábio Koff, então presidente do Grêmio, o convidou a comandar o time gaúcho. Sem pensar duas vezes, ele voltou. E não teve sossego. Por onde andou com o Grêmio, conviveu com as críticas do 7 a 1 até pegar o boné e se refugiar na China. No último domingo, o seu Guangzhou, venceu o Chongging por 7 a 0.
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