Legoland

Por Bruna Toni

Elas eram, de forma geral, azuis, vermelhas, amarelas e verdes, mas de vez em quando apareciam umas diferentonas no meio. Espalhadas pelo chão, se confundiam em tamanhos e funções: transformavam-se em casas, que logo eram destruídas para virarem um monumento, ou qualquer outra coisa que a imaginação mandasse. E assim passei bons anos brincando com de Lego, uma das melhores maneiras de deixar a imaginação ganhar vida.

De tão versáteis, as pecinhas criadas pelo dinamarquês Ole Kirk Christiansen no início do século 20 mudaram a ponto de ganhar uma terra, ou melhor, um parque de diversão todinho inspirado nelas. A Legoland tem oito unidades ao redor do mundo, sendo duas nos Estados Unidos: Califórnia e Flórida, onde passamos dois dias da nossa viagem.

Fora do circuito mais popular de parques (inclusive pela distância, já que fica a uma hora de Orlando, em Winter Haven), a Legoland é focada nas crianças até 12 anos, com muitos espaços lúdicos e pouco frio na barriga.

A visita ao parque cabe perfeitamente em um dia. Mas vale dizer que o grupo Legoland também tem um parque aquático e duas áreas de hospedagem que são uma atração à parte (PÁGINA DE SERVIÇOS. Por isso, dá para programar dois dias por lá e fazer tudo mais tranquilamente.

Ninjas na Flórida. Logo na entrada, a Legoland oferece mapas em português indicando suas áreas, incluindo a do parque aquático. A mais nova delas é a Lego Ninjago World, inaugurada em janeiro deste ano e inspirada em uma das linhas de brinquedos da marca que, em 2011, também deu origem à série de TV norte-americana Ninjago: Masters of Spinjitzu.

Com decoração baseada nas culturas japonesa e chinesa, o espaço Ninjago reúne cinco brinquedos que propõem aos pequenos testar o equilíbrio, os reflexos e a força de seus golpes. Enquanto um grupo tenta escalar uma parede (bem baixinha), outro investe na habilidade de apertar o botão certo com rapidez.

Mas a principal atração desta área é a Ninjago The Ride, um ambiente fechado onde embarcamos num carro e seguimos para a nossa missão: golpear os pontos que vão surgindo na história vista em 3D e acumular o máximo de pontos para a equipe. Sem instruções prévias, eu e meus amigos grandinhos perdemos um bom tempo procurando botões para fazer a tal pontuação (ah, essa geração tecnológica). Então, aqui vai uma dica de mestre samurai: apenas dispare no ar golpes aleatórios. É na mira que reside a sabedoria, turista-san.