Governança


Comunidade quilombola no Pará 05/02/2013 (Evelson de Freitas/Estadão)

Nos trilhos do desenvolvimento e combate à corrupção

Passado o processo político eleitoral nos voltamos à realidade que estamos vivenciando no dia a dia e os desafios que ela nos oferece.

Dentro dessa realidade que atravessamos, esperamos e desejamos à presidente Dilma que ela possa colocar novamente nos trilhos do desenvolvimento a economia do País e que ao mesmo tempo seja implacável no combate à corrupção que permeia as instituições públicas de nossa nação.

A Assembleia de Deus procura viver o que prega, tendo como princípio e base a Bíblia Sagrada, que é a palavra de Deus. Deus nos fala através do Apóstolo São Paulo no cap. 13 da carta aos Romanos o seguinte: "Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus, e as autoridades que há foram ordenadas por Deus". Nós temos a firme convicção de que Deus está no controle de todas as coisas.

Portanto, seguindo os nossos princípios, estaremos fazendo o que o Apóstolo São Paulo no orientou em sua I Epístola a Timóteo 2: 1 e 2: "Admoesto, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graça para todos os homens. Pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda piedade e honestidade."

Pastor Lelis Washington Marinhos, presidente do Conselho de Política da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB)

Diálogo e compromisso com o bem comum

Esperamos que o novo mandato da presidente Dilma seja marcado pelo diálogo, lembrando, sobretudo, de certos segmentos da sociedade menos favorecidos e com menos poder político e econômico, como o caso dos indígenas e dos quilombolas.

O combate à corrupção deve ser feito com firmeza e severidade. O Estado deve ser o gestor dos bens do povo e eles devem ser administrados com vistas ao bem comum. A corrupção, quando não combatida e punida, gera desconfiança à política e em relação aos seus representantes.

A violência também não pode ficar sem resposta. A responsabilidade não é só do governo. É preciso empenho de todos para buscar uma solução, que não é só policial.

A reforma agrária precisa de um projeto para ser uma política eficaz, que faça distribuição equitativa das terras, com assistência técnica, garantia de venda do produto do pequeno produtor e serviços sociais nos assentamentos.

Outro aspecto é a reforma política, cujo debate deve ser estimulado no novo mandato. A Igreja sabe que essa discussão cabe ao Congresso Nacional, mas com a participação da sociedade.

Por fim, é fundamental que o novo mandato dê atenção especial ao meio ambiente. É uma responsabilidade também de todos nós, mas é preciso elaborar políticas que tentem harmonizar o desenvolvimento com a proteção ambiental.

Dom Raimundo Damasceno, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)