Em 2015, o mercado de carros novos passou pela maior queda desde que começou seu processo de reaquecimento, a partir da segunda metade da década passada. Ante 2014, a redução nas vendas foi de 25,6%. Enquanto isso, as transferências de veículos usados, que são o termômetro desse segmento, tiveram alta de 4,06% - os dois números foram divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Este ano, os usados não estão bem; no primeiro semestre de 2016, as transferências acumularam queda de 4,4%, ante igual período de 2015. O número, porém, não é tão negativo se comparado aos emplacamentos de novos, que sofreram recuo de 24,6%.

“O consumidor, principalmente o do segmento de entrada, está migrando para o usado nesses tempos de crise”, diz Luis Curi, vice-presidente da Chery, que atua principalmente no mercado de modelos entre R$ 30 mil e R$ 40 mil. Prova disso é que Toyota Corolla, Honda HR-V e Jeep Renegade, todos com preços iniciais acima de R$ 70 mil, agora figuram no “top 10” do ranking dos carros mais vendidos do País.

Como o momento é de destaque no segmento de usados, preparamos um especial para auxiliar o consumidor a fazer a melhor escolha. Selecionamos veículos de segunda mão para perfis variados de clientes; a faixa de preço escolhida é entre R$ 30 mil, a média inicial de um zero-km de entrada, e R$ 40 mil, valor desses modelos com equipamentos como ar-condicionado, direção assistida e vidros elétricos.

As cotações são as da tabela do Jornal do Carro e servem para dar uma base ao leitor na busca pelo veículo ideal, além de poder de barganha. Esses valores podem sofrer grande variação de acordo com as regiões do País, de uma mesma cidade e até mesmo de loja para loja.

Separamos os veículos por características, não por segmentos. Assim, o leitor terá mais facilidade de encontrar o carro que melhor atende sua demanda. São cinco modalidades: potentes, espaçosos, ágeis, seminovos e tecnológicos. Para cada categoria, a equipe do Jornal do Carro indica as melhores opções disponíveis no mercado.

A escolha do usado, no entanto, não é tão simples quanto a do novo. Para eleger os melhores, consideramos fatores como qualidade do produto, diversidade da rede de concessionárias, credibilidade da marca e preços das peças. No entanto, diferentemente do que ocorre com o zero-km, cada exemplar de um carro de segunda mão tem uma história e é único.

Um veículo de mesmo modelo e configuração pode ter um exemplar tinindo, e outro, na mesma loja ou na ao lado, em péssimo estado de conservação. Por isso, preparamos também um material sobre os cuidados que o cliente deve tomar ao comprar um usado (que incluem cotação de preço de seguro e participação ativa de um mecânico de confiança).

Pesquisar, visitar muitas lojas, ver o carro de perto, testá-lo… O consumidor jamais deverá abrir mão dessas regrinhas se quiser, aproveitar, sem dor de cabeça, o que os usados oferecem de melhor: a possibilidade de ter um “carrão” pelo preço de um zero-km de entrada.