Créditos: Ana Sacoman, Juliana Raveli, Daniel Trielli, Edgar Maciel; Fabio Sales, Regina Elisabeth, Vinicius Sueiro, Renan Kikuche & Tiago Henrique
30/10/1957 Líderes sindicais à frente dos grevistas na Praça Roosevelt. (ANTONIO LÚCIO/ESTADÃO)
O movimento operário de São Paulo, organizado por janistas, comunistas e integrantes do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), iniciou uma paralisação que reuniu 400 mil trabalhadores em outubro de 1957. Cerca de 70% das indústrias de São Paulo paralisaram as atividades. Eles reivindicavam um aumento de 25% para compensar a alta da inflação durante o governo Juscelino Kubitschek. No dia 17 de outubro de 1957, o Estado noticiava o fato: “Com alguns incidentes apenas, de que resultaram três operários feridos a tiro, sem gravidade, iniciou-se ontem a greve de seis categorias profissionais em São Paulo”.13/06/1958 Avenida Paulista esquina da rua Augusta. Inauguração da parte comercial do Conjunto. (ESTADÃO)
O Conjunto Nacional foi inaugurado oficialmente em 1958. A ideia de construir o grande centro comercial foi do empresário argentino José Tjurs. O projeto é do arquiteto David Libeskind. Na época em que foi criado, a Avenida Paulista ainda era tomada por grandes casarões. Nos anos 1950, o local ficou famoso por abrigar o restaurante Fasano, que recebeu clientes ilustres, como a atriz alemã Marlene Dietrich e o músico americano Nat King Cole.(ESTADÃO)
O Estádio Cícero Pompeu de Toledo, mais conhecido como Morumbi, recebeu sua primeira partida em 2 de outubro de 1960. Jogaram o São Paulo – dono da casa – contra o Sporting de Portugal. O Tricolor ganhou por 1 a 0, com gol do centroavante Peixinho. O time paulistano conseguiu o terreno em que o estádio foi erguido por meio de doações; apenas uma pequena parte foi comprada. Antes de adquirir o Morumbi, o São Paulo tinha poucos recursos e era endividado. Em uma entrevista ao Estado publicada no dia da inauguração, o então presidente do time, Laudo Natel, disse: “O São Paulo era apenas um quadro de futebol. E hoje é um clube de rico patrimônio”.(ESTADÃO)
Em 25 de janeiro de 1961, o Terminal Rodoviário da Luz foi inaugurado na Praça Júlio Prestes, na Luz, centro da capital. A rodoviária tinha capacidade para receber diariamente cerca de 1,5 mil ônibus, que transportavam 70 mil passageiros. Na época, o Estado criticou a obra: “Está longe de oferecer condições satisfatórias a um tão intenso movimento”. O problema foi comprovado pouco tempo depois, e a rodoviária foi desativada em 1982.(ESTADÃO)
Durante a Copa do Chile, em 1962, os jogos ainda não eram exibidos ao vivo pela televisão. Para resolver o problema, foi instalado na Praça da Sé, centro, um painel eletrônico que imitava um campo de futebol. Um operador escutava a partida pelo rádio e acendia e apagava cerca de 200 luzes – amarelas para um time e vermelhas para o outro – na posição em que, supostamente, a bola estava em campo. Em 3 de junho daquele ano, um domingo, o Brasil enfrentava a Checoslováquia. “Não se ouviam rojões e foguetes no centro da cidade, porém, a multidão na Praça da Sé permaneceu diante do painel eletrônico e dos altifalantes, na expectativa do ponto que não veio, até a voz de Viña del Mar anunciar o fim da partida”, contou o Estado. Naquele Mundial, a seleção brasileira se tornou bicampeã.(ESTADÃO)
Em 1º de junho de 1962, a União Nacional dos Estudantes (UNE) deflagrou a greve do 'Um Terço' para exigir a representatividade dos estudantes nas universidades brasileiras. A direção da UNE tentou negociar com as instituições, sem sucesso. Houve paralisação na maioria das 40 universidades brasileiras da época, entre elas a Universidade de São Paulo (USP). Também houve grandes manifestações. Em uma delas, os estudantes ocuparam o Ministério da Educação, de onde foram retirados pela polícia do Exército.(ESTADÃO)
Entre as Avenidas Santo Amaro e Adolfo Pinheiro, na zona sul, fica um dos monumentos mais conhecidos de São Paulo: a estátua de Borba Gato. Começou a ser construída em 1957, e só ficou pronta em janeiro de 1963. Foi criada pelo escultor Júlio Guerra, que tem mais obras espalhadas por Santo Amaro. O monumento tem 13 metros de altura, incluindo o pedestal, e pesa 40 toneladas. Não foi feita de pastilhas, mas de pedras que foram quebradas por Guerra para a produção da estátua.(ESTADÃO)
As ruas do centro da capital foram tomadas por cerca de cem mil pessoas em 19 de março de 1964, durante a Marcha da Família com Deus pela Liberdade. Os manifestantes eram contrários ao governo João Goulart, que consideravam uma ameaça comunista. Adversários políticos, representantes da Igreja Católica, empresários e cidadãos de classe média participaram do ato. A freira Ana de Lourdes foi uma das líderes do movimento.(ESTADÃO)
O teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), conhecido como Tuca, abriu as portas em 1965, com a apresentação de Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto. Na ditadura militar, foi usado por estudantes e acadêmicos em manifestações contra o regime. Um grande incêndio destruiu o edifício em 1984. A reconstrução completa do Tuca aconteceu apenas em 2003, quando foi reinaugurado.(ESTADÃO)
Criado em 1947, o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) ocupava um prédio na Rua 7 de Abril, no centro. A sede definitiva - projetada pela arquiteta Lina Bo Bardi (1914-1992) e um dos principais cartões-postais da cidade – foi inaugurada em 7 de novembro de 1968, após 12 anos entre projeto e obras. A cerimônia de abertura teve a presença da rainha da Inglaterra, Elizabeth II. Lina mandou colocar uma pedra no imenso vão livre de 74 metros. Virou lenda urbana a versão que diz que a arquiteta teria escolhido uma cujo formato lembrava a silhueta do fundador do museu, Francisco de Assis Chateaubriand (1892-1968). Apesar de a cor vermelha aparecer nos croquis originais, o prédio foi mantido com as colunas de concreto sem pintura até o restauro, em 1990.(ESTADÃO)
No fim dos anos 1920, nasceu o projeto para criação da Avenida 23 de Maio. A via foi feita em etapas, por isso, a inauguração só aconteceu oficialmente em 1969. A região em que foi construída dividia a Liberdade da Bela Vista e era conhecida como Vale do Itororó. O Ribeirão do Anhangabaú corria por ali. A avenida, hoje uma das mais movimentadas da capital, foi chamada de Itororó e Anhangabaú. O nome 23 de Maio surgiu apenas em 1954, homenagem aos cinco jovens mortos na data em 1932, estopim para a Revolução Constitucionalista.(ESTADÃO)
Em 24 de fevereiro de 1972, uma tragédia aconteceu no centro de São Paulo. O Edifício Andraus, na esquina da Avenida São João com a Rua Pedro Américo, pegou fogo. Foram 16 mortos e 330 feridos, naquele que, até então, era o maior incêndio da história de São Paulo.(ESTADÃO)
Realizado em 11 de fevereiro de 1973, o primeiro Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 teve um brasileiro no lugar mais alto do pódio. Emerson Fittipaldi, que havia largado na segunda posição, venceu a corrida que aconteceu no Autódromo de Interlagos, na zona sul. Na ocasião, ele era piloto da Lotus. No ano seguinte, já na McLaren, Emmo repetiu o feito.(ESTADÃO)
Por causa de um erro do árbitro Armando Marques na contagem dos pênaltis da partida final, Santos e Portuguesa dividiram o título do Campeonato Paulista de 1973. O jogo aconteceu no Estádio do Morumbi. Esse foi o último título de Pelé no Brasil.(ESTADÃO)
O prédio, originalmente erguido em 1971, foi recuperado, rebatizado de Edifício Praça da Bandeira e reinaugurado em 1978. Ali, na Avenida 9 de Julho, região central da cidade, em 1.º de fevereiro de 1974, aconteceu o maior incêndio da história de São Paulo, que deixou 187 mortos e outras 300 pessoas feridas.21/01/1954 Misses fazem passeio de barco no Lago do Ibirapuera durante inauguração do Parque, nos festejos de comemoração do IV Centenário de São Paulo. (ESTADÃO)
Parte das comemorações de 400 anos da capital paulista, o Parque do Ibirapuera foi inaugurado em 21 de agosto de 1954. Oscar Niemeyer foi o responsável pelo projeto arquitetônico e Otávio Augusto Teixeira Mendes, pelo paisagismo. O festejo recebeu a Exposição do 4.º Centenário, com 640 estandes de 13 Estados e 19 países. Uma linha especial de ônibus, que funcionava nos fins de semana e feriados, foi criada para facilitar a visitação ao local. “Eu era tão pequena. Nunca iria imaginar que (a inauguração) fosse uma coisa tão importante. O tempo passou e o Ibirapuera se tornou um dos ícones de São Paulo”, conta Cecilia Marisa Cifú, de 69 anos, que tinha 8 anos na ocasião. Ibirapuera significa 'pau podre' em tupi-guarani. Uma aldeia indígena ocupava a área do parque, que era um imenso pântano. Árvores foram plantadas no espaço para combater a umidade.09/07/1954 Banda militar toca durante comemorações do IV Centenário da capital paulista, no vale do Anhangabaú, centro da cidade. A data marcou o aniversário de 22 anos da Revolução Constitucionalista de 1932. (ESTADÃO)
As principais celebrações pelos 400 anos de São Paulo aconteceram entre 9 e 11 de julho, e não em 25 de janeiro, aniversário da capital. No dia 11, o Estádio do Pacaembu recebeu uma grande festa. Artistas de oito circos realizaram espetáculos em quatro picadeiros montados no local. Houve ainda uma partida de futebol entre palhaços e apresentação de cães treinados. “Essa memória se mantém bastante forte até hoje, passados mais de 60 anos. Acho que a explicação é simples: qual é a criança pequena que não gosta de festas de aniversário?”, disse Domício Pacheco e Silva, advogado, que viu, aos 3 anos, a festa no Pacaembu.(ESTADÃO)
Prevista para janeiro de 1958, a inauguração do Zoológico de São Paulo foi adiada por causa das fortes chuvas que atingiram a capital naquele ano. Ela só aconteceu oficialmente em 16 de março. Os primeiros animais, como elefantes, leões e ursos, foram adquiridos de circos do norte do País. No ano de abertura, a entrada era gratuita, passando a ser cobrada depois. A professora aposentada Jacira Varoli, de 65 anos, foi levada ao local pelo tio, Emilio Varoli, que idealizou o zoológico. “Ainda nem tinha sido inaugurado. Era uma terra vermelha só, muitos tratores. E meu tio, feliz, contando que o local seria povoado por bichos que eu nunca tinha visto na vida.” Uma das principais atrações entre os 482 animais era o rinoceronte Cacareco, que foi eleito vereador nas eleições de outubro de 1958.(ESTADÃO)
A ponte aérea Rio-São Paulo foi criada em 6 de julho de 1959. Não era preciso fazer reservas; o embarque era imediato. Os voos duravam cerca de 90 minutos. Os aviões eram do modelo Convair, operados por Varig, Vasp e Cruzeiro do Sul. Naquela década, a aviação civil brasileira teve grande progresso, com a ampliação do número de rotas e a modernização da frota.(ESTADÃO)
O Shopping Iguatemi, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, Jardim Paulistano, é o primeiro da capital. Foi inaugurado em 27 de novembro de 1966, 16 meses depois de iniciada sua construção. Cerca de 5 mil pessoas estiveram na abertura. O local tinha 75 lojas, cinemas, além de serviços de pintores, encanadores, eletricistas e sapateiros, entre outros que ficavam no subsolo. A expectativa na inauguração era de que o empreendimento, que tinha estacionamento para mil automóveis, faturasse 8 bilhões de cruzeiros por mês e gerasse mil postos de trabalho.(ESTADÃO)
Em 21 de outubro de 1967 aconteceu a final daquele que se tornou o mais emblemático Festival de Música Popular Brasileira. Exibido pela TV Record, o programa foi gravado no Teatro Paramount, atual Teatro Renault, localizado na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, Bela Vista. Foi o festival em que Sérgio Ricardo quebrou seu violão após se irritar com as vaias da plateia. Também foi quando Edu Lobo, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque disputaram o primeiro lugar. Ponteio (com interpretação de Edu e Marília Medalha) foi a campeã. Domingo no Parque (com Gil e os Mutantes) ficou com a segunda posição, seguida por Roda Viva (Chico Buarque e MPB-4) e Alegria, Alegria (Caetano e Beat Boys). Nos bastidores, Zuza Homem de Mello, de 81 anos, trabalhava como técnico de som da TV Record. “Eram quatro músicas de tal nível que qualquer uma que vencesse não teria problema. Essa foi a grande marca desse festival. O resultado final das quatro foi impecável. A melhor gravação de Roda Viva foi aquela.”(ESTADÃO)
São Paulo teve sua última viagem de bonde em 27 de março de 1968. Muitas pessoas se reuniram na frente do Instituto Biológico, na Vila Mariana, para se despedir. Do local, saiu uma comitiva com 12 bondes, às 20 horas, em direção ao Largo 13 de Maio, em Santo Amaro. Aquela já era a última linha em funcionamento na capital. Acompanhado do pai, José Roberto Gomes da Rocha, de 62 anos, estava presente no último percurso do bonde. "Foi um passeio saudosista, em clima de despedida. Meu pai sorriu durante todo o caminho e dizia que aquele era o último dia do bonde em São Paulo", conta. A preocupação pelo fim do serviço foi destaque nos jornais da época. O Estado publicou: “Isso preocupa muita gente que tem medo de que a Prefeitura retire os bondes sem providenciar outro meio de condução que os substitua à altura”.(ESTADÃO)
A Bienal Internacional do Livro de São Paulo foi realizada em agosto de 1970 no prédio da Bienal do Parque do Ibirapuera. Editoras de 23 países participaram do evento, que também recebeu o escritor argentino Jorge Luis Borges, na época, prestes a completar 71 anos e quase completamente cego. Cerca de 40 mil pessoas visitaram a exposição. Alfredo Weiszflog, de 70 anos, esteve na bienal. “Os estandes eram feitos de madeira. Só em 1984 passou a ter estandes-padrão. No começo, a feira só tinha uma entrada e uma saída. Era o que a gente chamava de 'caminho de rato'. As pessoas tinham de fazer todo o zigue-zague, passar por todos os estandes, até sair.”(ESTADÃO)
Conhecido como Minhocão, o Elevado Presidente Costa e Silva foi inaugurado em 25 de janeiro de 1971. A construção demorou cerca de 11 meses e custou 37 milhões de cruzeiros. Ainda hoje, a obra é criticada por ter atrapalhado a paisagem da região. Moradores reclamam da poluição, barulho, insegurança, além da desvalorização dos imóveis por causa do Minhocão. "Mudei para cá em 1958. Acompanhei a melhoria do bairro, nos anos 1960, com a arborização da rua aqui em frente. Pela janela, vi a construção do Minhocão e a inauguração. Foi quando todos os vizinhos que podiam se mudaram. Eu fui ficando, estou aqui até hoje. Já me acostumei com o barulho dos carros", disse Elca Vergel Cartum, de 88 anos.(ESTADÃO)
Inaugurado em 14 setembro de 1974, o Metrô de São Paulo foi o primeiro do País. Circulava por apenas 6,4 km, entre as estações Jabaquara e Vila Mariana, da Linha 1-Azul. Funcionava de segunda a sexta-feira, das 9 às 13 horas. “No primeiro dia, realizamos um intenso trabalho de observação. Queríamos saber como o público paulistano reagiria à tecnologia. E como nós, os próprios funcionários, iríamos nos comportar em relação a eles”, contou o funcionário do Metrô Laurindo Martins Junqueira Filho, de 69 anos. Cerca de 2 mil pessoas participaram da festa de inauguração.(ESTADÃO)
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No GP de San Marino, em 1.o de maio, um nome estrangeiro ficou encravado na memória coletiva brasileira: Tamburello, a sétima curva do circuito de Ímola, local de um dos maiores traumas nacionais. Foi ali que a Williams pilotada por Ayrton Senna se chocou, a 300 km/h, contra uma mureta de concreto, em um acidente que matou o tricampeão aos 34 anos. Três dias depois, São Paulo parou para homenagear Senna, que nasceu na capital paulista e passou a infância na zona norte. Mais de um milhão de pessoas acompanharam, nas ruas, a comitiva que levou o corpo do Aeroporto de Cumbica à Assembleia Legislativa, onde foi velado. Outros milhares foram se despedir no velório e mais uma multidão acompanhou o trajeto até o Cemitério do Morumbi, no dia 5. “Foram 17 quilômetros inesquecíveis. Entre a Assembleia Legislativa e o Cemitério do Morumbi, quem participou ontem do cortejo que levou o corpo de Ayrton Senna teve a certeza de que, por muito tempo, não viverá algo parecido. Nem a salva de 21 tiros disparados às 9h41 por canhões do 2.º Exército, quando o carro do esquife do piloto se preparava para deixar a Assembleia, calou tão fundo quanto a emoção do olhar de centenas de milhares de fãs”, contou ao Estado o advogado Adilson Carvalho de Almeida, que esteve no velório.(ESTADÃO)
Em 1997, cerca de 500 pessoas - ou 2 mil, de acordo com diferentes estatísticas - ocuparam a Avenida Paulista e organizaram a primeira Parada Gay de São Paulo. Gays, lésbicas, travestis e transexuais protestavam contra a discriminação e violência sofrida pela comunidade LGBT. "Era outra Parada (se comparada à de hoje). Tinha uma organização comunitária, um envolvimento voluntário muito grande. Não tínhamos recursos. Lembro de como era pintarmos os convites à mão, durante as reuniões", conta Beto de Jesus, de 52 anos. Nos anos seguintes, o número de participantes cresceu e a parada se popularizou no roteiro cultural da cidade. Turistas de todo o mundo viajam a São Paulo para participar do evento. Em 2006, a Parada Gay da capital entrou para o Guinness e ganhou o título de maior parada gay do mundo, com o recorde de 2,5 milhões de participantes.(ESTADÃO)
Em 111 pontos da cidade, foram mais de 250 shows, cem apresentações de teatro, 30 de dança, 70 sessões de cinema e 60 exposições. Essa foi a primeira edição da Virada Cultural, evento com 24 horas de atividades artísticas em São Paulo. Foram mais de R$ 2,5 milhões gastos pela gestão do prefeito José Serra para colocar a ideia em prática nas ruas da capital. “É um evento inédito na América do Sul, muito inspirado nas chamadas ‘noites brancas’ que costumam acontecer na Europa em cidades como Roma, Paris e Madri”, explicou o Estado na época. João Paulo Moreira, de 50 anos, é músico da Orquestra Experimental de Repertório, que abriu os shows da primeira edição. “Era uma novidade para a cidade e na realidade nós não tínhamos muito a dimensão do que isso iria alcançar com o passar do tempo”, lembra.(ESTADÃO)
Pela primeira vez em quase 180 anos, os restos mortais de d. Pedro I, o primeiro imperador brasileiro, foram exumados para estudos. Também foram abertas as urnas funerárias das duas mulheres de d. Pedro I: as imperatrizes d. Leopoldina e d. Amélia. Os corpos estavam no Parque da Independência, na zona sul da capital, desde 1972. O trabalho foi coordenado pela historiadora e arqueóloga Valdirene do Carmo Ambiel e foi realizado em sigilo entre fevereiro e setembro de 2012. O Estado acompanhou o processo de estudos desde 2010, quando Valdirene conseguiu autorização da família imperial para realizar a pesquisa. “Essa história deve entrar para a lenda urbana paulista: na tarde de 31 de julho de 2012, no Ipiranga, comemoramos o aniversário de 200 anos de d. Amélia (segunda mulher de d.Pedro I). Com ela, de corpo presente”, lembrou Paulo Rezzuti, de 42 anos, um dos historiadores que participaram da exumação. Com o trabalho, foi possível identificar novos sinais do motivo da morte do imperador, em 1834. “Agora se sabe que o imperador tinha quatro costelas fraturadas do lado esquerdo, o que praticamente inutilizou um de seus pulmões – fato que pode ter agravado a tuberculose que o matou, aos 36 anos, em 1834. Os ferimentos constatados foram resultado de dois acidentes a cavalo”, relatava o Estado.(ESTADÃO)
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O Brasil entrou como favorito e saiu massacrado da Copa do Mundo realizada no País. Mas, no dia 12 de junho de 2014, data da abertura da Copa, não era possível prever o vexame que seria perder por 7 a 1 para a Alemanha na semifinal. Na Arena Corinthians, na zona leste de São Paulo, pouco mais de 60 mil pessoas se reuniram para assistir Brasil e Croácia, primeira partida da Copa. O show de abertura com os americanos Jennifer Lopez e Pitbull e a brasileira Claudia Leite não foi impactante. No campo, a emoção que faltou na abertura: o hino, com a música cortada na primeira parte, foi cantado até o fim, à capela, pela seleção. “Foi muita emoção. Chorei muito no começo do jogo. Eu nunca tinha ido a um jogo do Brasil antes”, disse Severino Santos da Silva, de 44 anos, que trabalhou como operário na construção do Itaquerão e esteve lá na abertura. O Brasil venceu o jogo por 3 a 1, mas ninguém esperava que a seleção começaria perdendo a partida com um gol contra, de Marcelo. O primeiro gol brasileiro saiu aos 28 minutos do primeiro tempo, com Neymar. Na volta do intervalo, o Brasil virou com um pênalti mal marcado sobre Fred. E para fechar o placar, Oscar marcou o último gol.Edifícios e equipamentos públicos que se tornaram marcos, o triunfo e a partida de ídolos, lutas pela democracia, obras ousadas que transformaram o desenho urbano. A linha do tempo mostra o dinamismo da metrópole que parece nunca dormir.
Agora que relembrou e conheceu muitos dos acontecimentos marcantes da cidade, teste o que você sabe sobre eles:
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