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Estresse hídrico agravado diante da pressão da superexploração e da degradação já no momento presente, com a demanda aumentando no futuro (alta confiança)

Reduzir os estressores não climáticos sobre os recursos hídricos. Fortalecer as capacidades institucionais para a gestão da demanda, o acesso a águas subterrâneas, o planejamento integrado de água e esgoto e a integração da governança do uso do solo e da água

Produtividade agrícola reduzida com fortes efeitos adversos sobre a segurança alimentar nacional e regional, além de aumento do dano causado por pestes e doenças e por inundações na infraestrutura do sistema alimentar (alta confiança)

Respostas de adaptação tecnológicas (como variedades mais tolerantes ao estresse e irrigação). Melhorar o acesso do pequeno produtor a crédito e outros recursos críticos à produção, além de diversificar os meios de subsistência. Fortalecer instituições regionais para apoiarem a agricultura e uma política de apoio orientada por gênero

Mudanças na incidência e na distribuição geográfica de doenças transmitidas por vetores ou pela água devido a mudanças na média e na variabilidade da temperatura e da precipitação, principalmente ao longo das fronteiras da atual distribuição (média confiança)

Alcançar os objetivos de desenvolvimento, principalmente aumentar o acesso à água potável e os serviços de saneamento e fortalecer serviços de saúde pública de vigilância sanitária. Mapear vulnerabilidades e criar sistemas de alertas. Coordenação cruzada entre os setores

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Aumentos das inundações levando a danos generalizados à infraestrutura e aos assentamentos da Ásia (confiança média)

Redução da exposição ao risco por meio de um planejamento da ocupação da terra; redução na vulnerabilidade de infraestrutura e serviços de vida longa, como serviços de água, gerenciamento de esgoto, estoques de alimentos, biomassa, mobilidade, ecossistemas locais, telecomunicações. Assistência a setores vulneráveis e a famílias

Risco aumentado de mortalidade por problemas cardíacos (alta confiança)

Sistemas de alerta a ondas de calor; planejamento urbano para reduzir ilhas de calor; melhoria do ambiente construído

Aumento do risco de falta d’água e diminuição dos estoques de alimento por conta da seca, causando malnutrição (alta confiança)

Preparação para desastres, incluindo sistemas de alerta precoces e estratégias para uma rápida resposta

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Mudança significativa na composição das comunidade e na estrutura dos recifes de corais na Austrália (alta confiança)

Habilidade dos corais para se adaptar naturalmente parece limitada e insuficiente para compensar os efeitos prejudiciais do aumento das temperaturas e da acidificação; outras opções são mais limitadas para reduzir outros impactos (como qualidade da água, turismo e pesca) e sistemas de alerta; intervenções diretas como colonização assistida e sombreamento têm sido propostas, mas ainda não foram testadas em grande escala

Aumento da frequência e da intensidade de danos por inundações a infraestrutura e assentamentos na Austrália e na Nova Zelândia (alta confiança)

Melhorar a adaptação em áreas que já sofrem atualmente com risco de inundação; tornar efetivo o controle do uso da terra e a realocação de pessoas em situação de risco, assim como a proteção e acomodação do crescente risco para garantir flexibilidade

Aumento do risco às infraestruturas costeiras e ecossistemas de baixa altitude na Austrália e na Nova Zelândia, com dano generalizado para a faixa projetada de aumento do nível do mar (alta confiança)

Melhorar a adaptação em locais que já sofrem com erosão costeira e risco de inundação; ciclos de construção e proteção sucessivos restringem respostas flexíveis; tornar efetivo o controle do uso da terra e a realocação de pessoas em situação de risco, assim como proteção e acomodação

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Aumento de perdas econômicas e de pessoas afetadas por inundações nas bacias dos rios e nas áreas costeiras por conta do aumento da urbanização e da elevação do nível do mar e dos picos de descargas fluviais (alta confiança)

Adaptação pode evitar a maioria dos danos projetados (confiança alta).Experiência significativa em tecnologias pesadas de proteção contra as inundações e aumento da experiência com a restauração de pântanos. Altos custos para aumentar a proteção contra inundações. Barreiras potenciais para implementação; demanda por terra na Europa e preocupações ambientais e paisagísticas

Aumento da restrição de água. Significativa redução na disponibilidade de água proveniente dos rios e das fontes subterrâneas combinada com aumento da demanda (por exemplo, para irrigação, energia e indústria e uso doméstico) e com redução da drenagem de água e do escoamento como resultado do aumento da evaporação, particularmente no sul da Europa (alta confiança)

É comprovado o potencial de adaptação de tecnologias de maior eficiência de água e estratégias para economizá-la (por exemplo, para irrigação, espécies vegetais, cobertura do solo, indústrias, uso doméstico). Implementação de melhores práticas e instrumentos governamentais nos planos de gestão das bacias hidrográficas e na gestão integrada da água

Aumento das perdas econômicas e de pessoas afetadas por eventos extremos de calor. Impactos na saúde e no bem-estar, na produtividade no trabalho, na produção agrícola, na qualidade do ar e risco crescente de incêndios no sul da Europa e na região da Rússia boreal (confiança média)

Implementação de sistemas de alerta; adaptação das moradias, dos locais de trabalho e da infraestrutura de transporte e da energia; redução de emissões para melhorar a qualidade do ar. Melhoria na gestão de incêndios. Desenvolvimento de produtos seguros contra variações de produção relacionadas com o clima

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Perda de integridade de ecossistemas, de propriedades, morbidade e mortalidade humanas devido a incêndios (alta confiança)

Alguns ecossistemas são mais adaptados ao fogo do que outros; administradores de florestas e planejadores municipais estão incorporando de modo crescente medidas de proteção contra incêndios (como na introdução de vegetação resiliente e na utilização de fogo controlado); mas a capacidade institucional para dar suporte à adaptação de ecossistemas é limitada. Adaptação das ocupações humanas é limitada pelo rápido surgimento de propriedades privadas em áreas de alto risco e pela reduzida capacidade adaptativa dos domicílios

Mortalidade humana associada ao calor (alta confiança)

Ar condicionado nas casas pode reduzir efetivamente o risco. Mas sua disponibilidade geralmente é limitada entre as pessoas mais vulneráveis e está sujeita a perda total durante quedas de energia. A população vulnerável inclui atletas e trabalhadores externos, a quem o ar-condicionado não está disponível. Adaptações da comunidade e dos domicílios têm potencial de reduzir a exposição ao calor extremo por meio de apoio familiar, avisos de ondas de calor, centros de resfriamento, aumento de áreas verdes e implantação de superfícies com altos índices de albedo (reflexão de luz)

Danos a propriedades e à infraestrutura, rompimento da cadeia de suprimentos, de ecossistemas e do sistema social; impactos na saúde pública e deficiência na qualidade da água devido a inundações urbanas fluviais e costeiras (alta confiança)

Implementação do gerenciamento de drenagem urbana é cara e pode causar distúrbios em áreas urbanas. Estratégias conservadoras e de baixo custo incluem menos superfícies impermeáveis, levando ao aumento na absorção de água, infraestrutura verde e jardins nos telhados. A elevação do nível do mar aumenta o nível de água nos emissários costeiros, o que impede sua drenagem. Em muitos casos, sistemas antigos estão sendo usados, e eles precisam ser atualizados de acordo com as atuais condições climáticas.

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Redução da disponibilidade de água no semi-árido e nas áreas dependentes de derretimento de glaciares e inundações em áreas urbanas devido a chuvas extremas (alta confiança)

Reposição do déficit de abastecimento de água e melhoria no uso da terra. Gerenciamento de inundações urbanas (incluindo infraestrutura), sistemas de alerta antecipados de inundações, melhores sistemas de previsão do tempo e abandono de áreas e controle de doenças infecciosas

Redução da produção e da qualidade de alimentos (média confiança)

Desenvolvimento de novas variedades agrícolas mais adaptadas a mudanças na concentração de CO², a altas temperaturas e à seca. Compensação dos impactos da queda da qualidade dos alimentos na saúde humana e animal. Compensação do impacto econômico da mudança no uso de terras

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Redução da disponibilidade de água no semi-árido e nas áreas dependentes de derretimento de glaciares e inundações em áreas urbanas devido a chuvas extremas (alta confiança)

Reposição do déficit de abastecimento de água e melhoria no uso da terra. Gerenciamento de inundações urbanas (incluindo infraestrutura), sistemas de alerta antecipados de inundações, melhores sistemas de previsão do tempo e abandono de áreas e controle de doenças infecciosas

Redução da produção e da qualidade de alimentos (média confiança)

Desenvolvimento de novas variedades agrícolas mais adaptadas a mudanças na concentração de CO², a altas temperaturas e à seca. Compensação dos impactos da queda da qualidade dos alimentos na saúde humana e animal. Compensação do impacto econômico da mudança no uso de terras

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Alteração na distribuição de peixes e espécies invertebradas e diminuição do potencial de pesca em baixas latitudes, nas correntes marítimas ascendentes equatoriais, nos sistemas costeiros fronteiriços e nos giros subtropicais (alta confiança)

O potencial de adaptação evolutiva dos peixes e espécies invertebradas ao aquecimento é limitado. As opções de adaptação humanas são: busca de um modelo flexível (de pesca) que possa lidar com variabilidade e mudanças; aumento da capacidade de resiliência dos peixes por meio da redução de fatores como poluição e eutrofização; expansão da aquicultura

Redução da biodiversidade, da abundância de pesca e da proteção costeira pelas barreiras de coral devido ao branqueamento em massa de corais induzido por calor, além de aumento da mortalidade nos sistemas costeiros fronteiriços e nos giros subtropicais (alta confiança)

A evidência de uma possível evolução rápida dos corais é limitada. Alguns corais podem migrar para latitudes maiores, mas sistemas inteiros de recifes não devem ser capazes de acompanhar os altos índices de mudanças de temperatura. As opções de adaptação humanas estão limitadas a reduzir outras formas de estresse, principalmente melhorando a qualidade da água e contendo pressões do turismo e da pesca. Essas opções vão retardar o impacto humano na mudança climática em algumas décadas, mas sua eficiência será severamente reduzida na medida em que o estresse térmico aumentar

Inundação costeira e perda de habitat devido ao aumento do nível do mar e à intensificação da quantidade de chuvas nos sistemas fronteiriços costeiros e giros subtropicais (média a alta confiança)

As opções de adaptação humanas estão limitadas a reduzir outras formas de estresse, principalmente diminuindo a poluição e limitando pressões do turismo, pesca e aquicultura. Perda de ecossistemas como sargaços, manguezais e recifes de corais pode ser reduzida pela diminuição do desmatamento e aumento da recomposição florestal em bacias hidrográficas e áreas costeiras para retenção de sedimentos e nutrientes

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Perda das atividades econômicas de subsistência, dos assentamentos costeiros e de infraestrutura. (alta confiança)

Há um potencial significativo para adaptação nas ilhas, mas o efeito dela será maior se houver recursos e tecnologias adicionais e externos. A eficácia das estratégias tradicionais da comunidade tende a ser substancialmente menor no futuro

A interação do aumento global do nível do mar no século 21 com outros eventos de cheias vai ameaçar áreas costeiras mais baixas. (alta confiança)

O alto porcentual de áreas costeiras em relação ao total de terras tornará a adaptação um desafio significativo em termos financeiros e de outros recursos para as ilhas. As opções incluem manutenção e restauração de ecossistemas e relevos costeiros, melhoria no gerenciamento do solo e das reservas de água doce, nos códigos de construções e obras e nos modelos de ocupação do território.

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