No Rio, o Centro de Documentação da Aeronáutica planeja pôr na internet milhares de papéis de Santos-Dumont que ficaram anos guardados num porão da Praia do Flamengo. Em São Paulo, o Museu Paulista já disponibiliza uma versão online experimental para consulta. Para 2016, quando o histórico voo do 14-Bis completará 110 anos, há pelo menos duas exposições previstas sobre o inventor – uma no Museu do Amanhã e outra no Instituto Itaú Cultural – e a família busca patrocínio para lançar livro inédito escrito por ele. Também ganha corpo a ideia de se fazer no Campo de Marte, zona norte paulistana, o Museu de Aviação de São Paulo, de cujo acervo fariam parte relíquias do inventor hoje guardadas no 4.º Comando Aéreo Regional.
Para especialistas, essa redescoberta de Santos-Dumont –revelada em seis meses de pesquisa do Estado em acervos de São Paulo, Rio e Minas– poderá reaproximar o herói dos brasileiros. Além de resgatar histórias desconhecidas de boa parte da população. Quem sabia, por exemplo, que até Santos-Dumont passar pelas Cataratas do Iguaçu o hoje patrimônio natural da humanidade era propriedade particular de um uruguaio?