O Produto Interno Bruto é a soma de tudo que foi produzido e dos bens e serviços consumidos pelas pessoas, empresas e governo. Para fazer essa conta, são utilizados os preços de mercado, ou seja, o preço que as pessoas estão dispostas a pagar.
Como o PIB mede a renda e a despesa de um país, o PIB per capita nos fala da renda e das despesas das pessoas. A partir da divisão do PIB pelo número de habitantes, ele é um método para chegar ao bem-estar econômico do indivíduo.
Ao medir a atividade econômica do país, o PIB inclui todos os itens produzidos na economia e vendidos legalmente. Assim ele mostra quanto a economia cresceu no trimestre, porém, não indica desenvolvimento do país, já que não inclui aspectos sociais, como a qualidade da educação e saúde, por exemplo.
Se o PIB está alto, quer dizer que as pessoas estão com mais dinheiro e mais propensas a gastar. Ao consumir mais, ela exige mais da indústria e, da infraestrutura, o que resulta em mais investimento e mais empregos.
Se o PIB está baixo, as pessoas estão menos propensas a comprar. Sem demanda, as empresas investem menos e demitem mais. Sem investimentos e com desemprego, a economia fica desaquecida.
Provavelmente você já ouviu que não se pode somar banana com laranja, mas é o que PIB faz. Assim como bananas e laranjas, ele inclui todo o resto produzido e vendido legalmente, como livros, corte de cabelo, carros, aviões e assim por diante.
O PIB desconsidera itens produzidos e vendidos ilegalmente. Mas as bananas e laranjas que você planta e consome em casa também não entram na conta porque não estão no mercado. Além disso, o PIB também não inclui revendas, como o carro vendido para o cunhado.
O primeiro cálculo do PIB foi publicado em 1953 nas Nações Unidas, baseado em um documento do economista Richard Stone, eleito em 1984 com o Prêmio Nobel de Economia. No Brasil, o cálculo do PIB é feito pelo IBGE. Antes disso, a FGV era responsável pela medição.
Para chegar aos dados finais, no Brasil o IBGE analisa a atividade econômica de três formas, chamadas de as três óticas do PIB, que são oferta, demanda e renda. Essas três óticas também conversam entre si.
Por exemplo, uma pessoa gastou R$ 50 no salão de beleza. Na ótica da oferta, esses R$ 50 aparecem nos dados do setor de serviços. Na visão da demanda, correspondem ao consumo das famílias. E na ótica da renda, diz respeito aos salários.
A ótica da oferta, ou seja, do que foi produzido, inclui informações sobre agricultura, indústria e de todo o resto que não é nenhum dos dois - o chamado setor de serviços.
A ótica da demanda, trata dos dados de consumo das famílias, investimentos (item chamado de Formação Bruta de Capital Fixo), gastos do governo e exportações líquidas (que equivalem às transações correntes do País, ou seja, a diferença entre exportações e importações de bens, serviços e rendas).
Por fim, também é possível calcular o PIB a partir das informações sobre renda. Nesse item, entram salários, aluguéis, lucros e juros.