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A classe média oscila entre se endividar para colocar o filho numa escola privada melhorzinha ou deixar os filhos nas escolas públicas. Queremos uma expropriação das escolas e universidades privadas. Assim, haverá ampliação da educação pública, gratuita e de qualidade.
O Plano Nacional de Educação segue a lógica elitista e privatista na educação. É preciso no mínimo 10% do PIB já para a educação pública. Para isso é preciso atacar os interesses dos bancos que sugam os recursos da educação através da ilegítima dívida pública que consome mais de 40% do orçamento da União.
Sou completamente contra por considerar que esse projeto é um ataque ao direito democrático dos professores ensinarem e dos estudantes aprenderem. O nome do projeto está errado. Na verdade, dizem que é escola sem partido, mas querem instituir a escola do pensamento/partido único que é os interesses dos ricos e poderosos.
Esses projetos atendem aos interesses dos tubarões de ensino. Com a estatização das universidades privadas e ampliação das verbas para a educação, através do não pagamento da dívida pública, poderíamos garantir que quem hoje está nesses programas tenha sua matrícula garantida, só que numa instituição pública e sem se endividar.
Nenhum tipo de privatização. Nem vouchers, que é uma forma de privatização também e, pior, um tipo de transferência de recursos públicos para os empresários da educação. Isso não alterará a desigualdade educacional hoje do País que tem como fundamento a amplíssima desigualdade social. Só o fim do ensino privado pode garantir isso.
Somos contra qualquer tipo de cobrança de mensalidade nas universidades públicas.
Claro. Creches são fundamentais não só para o desenvolvimento da criança, mas também para garantir que as mulheres tenham direito ao trabalho e a se dedicar a uma vida plena. Vivemos numa sociedade machista onde a criação dos filhos é colocada como obrigação da mulher. E quem mais sofre são as que não têm recursos para colocar seus filhos nas creches privadas.
Acabar com esta diferença absurda entre ensino básico privado bom para quem pode pagar. E ensino público ruim para os filhos da classe trabalhadora. E isso só é possível estatizando as instituições de ensino privadas. Junto com isso aumentar as verbas, valorizar os professores e, com liberdade de ensino e pesquisa, os indicadores educacionais cresceriam muito.
Em muitos lugares não se paga sequer o piso nacional da categoria que já é baixo. Defendemos que o salário mínimo seja o do DIEESE que é por volta de 3,8 mil reais. O salário dos professores deve acompanhar esse crescimento. Há dinheiro para isso. É só enfrentar os interesses dos grandes banqueiros e megaempresários que sugam as riquezas do país e o dinheiro aparece.
O piso salarial nacional do professor é de R$ 2.455.
“Enquanto vemos os juízes, deputados e políticos ganhando 30 mil reais, os professores têm salários baixíssimos.” –
Foto: Gabriela Biló/Estadão
Qualquer nível de educação é importantíssimo, mas quero frisar que teremos recursos para dar um salto tanto na educação básica quanto no ensino superior. Pois a primeira medida do governo será parar a sangria dos recursos que vão para pagar os serviços da dívida pública. E também com a expropriação das 100 maiores empresas das 31 famílias super ricas do Brasil.