Foto: Gabriela Biló/Estadão
Vera Lúcia
A classe média oscila entre se endividar para colocar o filho numa escola privada melhorzinha ou deixar os filhos nas escolas públicas. Queremos uma expropriação das escolas e universidades privadas. Assim, haverá ampliação da educação pública, gratuita e de qualidade.
Vera Lúcia
O Plano Nacional de Educação segue a lógica elitista e privatista na educação. É preciso no mínimo 10% do PIB já para a educação pública. Para isso é preciso atacar os interesses dos bancos que sugam os recursos da educação através da ilegítima dívida pública que consome mais de 40% do orçamento da União.
O Plano Nacional de Educação foi aprovado sem vetos em junho de 2014 pela ex-presidente da República Dilma Rousseff (PT).
Entre as metas, está o aumento do investimento em educação para 10% do PIB e a erradicação do analfabetismo.
Fonte: Inep
Vera Lúcia
Sou completamente contra por considerar que esse projeto é um ataque ao direito democrático dos professores ensinarem e dos estudantes aprenderem. O nome do projeto está errado. Na verdade, dizem que é escola sem partido, mas querem instituir a escola do pensamento/partido único que é os interesses dos ricos e poderosos.
O movimento Escola Sem Partido defende a neutralidade do ensino. É contra que se discuta questões de sexualidade, moral ou religião em sala de aula.
Há um projeto em discussão no Congresso Nacional sobre o assunto. Seus críticos dizem que ele é antidemocrático e fere a liberdade do professor.
Vera Lúcia
Esses projetos atendem aos interesses dos tubarões de ensino. Com a estatização das universidades privadas e ampliação das verbas para a educação, através do não pagamento da dívida pública, poderíamos garantir que quem hoje está nesses programas tenha sua matrícula garantida, só que numa instituição pública e sem se endividar.
O Financiamento Estudantil (Fies) foi uma das apostas do governo Dilma Rousseff (PT) para aumentar as matrículas no ensino superior, por meio de contratos a juros baixos para quem estuda em universidades privadas.
O programa vem sendo mudado por causa do grande número de alunos inadimplentes. Já o ProUni oferece bolsas de estudo integrais e parciais (50%) em instituições privadas de ensino superior para graduação.
Vera Lúcia
Nenhum tipo de privatização. Nem vouchers, que é uma forma de privatização também e, pior, um tipo de transferência de recursos públicos para os empresários da educação. Isso não alterará a desigualdade educacional hoje do País que tem como fundamento a amplíssima desigualdade social. Só o fim do ensino privado pode garantir isso.
Vera Lúcia
Somos contra qualquer tipo de cobrança de mensalidade nas universidades públicas.
Vera Lúcia
Claro. Creches são fundamentais não só para o desenvolvimento da criança, mas também para garantir que as mulheres tenham direito ao trabalho e a se dedicar a uma vida plena. Vivemos numa sociedade machista onde a criação dos filhos é colocada como obrigação da mulher. E quem mais sofre são as que não têm recursos para colocar seus filhos nas creches privadas.
Fonte: IBGE
Vera Lúcia
Acabar com esta diferença absurda entre ensino básico privado bom para quem pode pagar. E ensino público ruim para os filhos da classe trabalhadora. E isso só é possível estatizando as instituições de ensino privadas. Junto com isso aumentar as verbas, valorizar os professores e, com liberdade de ensino e pesquisa, os indicadores educacionais cresceriam muito.
Vera Lúcia
Em muitos lugares não se paga sequer o piso nacional da categoria que já é baixo. Defendemos que o salário mínimo seja o do DIEESE que é por volta de 3,8 mil reais. O salário dos professores deve acompanhar esse crescimento. Há dinheiro para isso. É só enfrentar os interesses dos grandes banqueiros e megaempresários que sugam as riquezas do país e o dinheiro aparece.
O piso salarial nacional do professor é de R$ 2.455.
“Enquanto vemos os juízes, deputados e políticos ganhando 30 mil reais, os professores têm salários baixíssimos.” – Vera Lúcia
Foto: Gabriela Biló/Estadão
Vera Lúcia
Qualquer nível de educação é importantíssimo, mas quero frisar que teremos recursos para dar um salto tanto na educação básica quanto no ensino superior. Pois a primeira medida do governo será parar a sangria dos recursos que vão para pagar os serviços da dívida pública. E também com a expropriação das 100 maiores empresas das 31 famílias super ricas do Brasil.
O Ministério da Educação tem como principal atribuição a criação de políticas nacionais de educação, avaliações e pesquisa, mas não administra escolas diretamente. Elas ficam sob responsabilidade de Estados e municípios.
Diretor de arte: Fabio Sales / Editora de infografia: Regina Elisabeth / Editor assistente de infografia: Vinicius Sueiro