Divirta-se Avalia:

Casas de Shows 2018

Visitamos 25 espaços que recebem programação de shows em São Paulo – e avaliamos os pontos altos e baixos de cada um deles

Grandes casas, que apresentam nomes consagrados, e projetos independentes, que abrem espaço a quem está começando, fazem de São Paulo o principal polo de apresentações musicais do País. Entre os meses de julho e setembro, visitamos várias casas de shows para identificar suas qualidades e pontuar o que poderia ser melhorado – como fazemos, desde 2005, com o Oscar das Salas de Cinema. Nasceu, assim, o novo projeto Divirta-se Avalia: Casas de Shows.

De forma anônima (e discreta), testamos 25 espaços, com despesas e ingressos pagos integralmente pelo jornal. Os locais foram divididos em três tipos: casas grandes (com capacidade acima de 400 lugares); casas pequenas (para, no máximo, 400 pessoas); e teatros.

Aqui, você confere os pontos altos e baixos de todas as casas; as notas obtidas em cada categoria; os critérios de avaliação utilizados; e, claro, os vencedores.

Nossa avaliação

Estrutura física: acessibilidade; banheiros e bebedouros; sinalização e rotas de circulação; mesas e/ou poltronas; limpeza, sinalização e organização das instalações.

Serviço: compra de ingressos online; atendimento na bilheteria; recepção; serviço de bar e/ou mesa; valet e/ou estacionamento.

Experiência: qualidade do som; acústica; palco e iluminação; visão em diferentes pontos da plateia; programação.

Em cada uma das três categorias, as casas ganharam de 0 a 5 pontos. A nota máxima, assim, é 15 pontos.

Melhor casa grande (acima de 400 lugares)
Rafa Von Zuben

Casa Natura Musical

Inaugurada em maio de 2017, a Casa Natura Musical já recebeu nomes consagrados da música brasileira, como Angela Maria, Alceu Valença e Gal Costa; estrangeiros como Jorge Drexler; e importantes artistas da cena contemporânea, como Emicida. Ali, destaque para limpeza, organização, acessibilidade e bom atendimento na bilheteria. O palco é extenso para uma casa de seu porte, que recebe de 480 a 710 pessoas, permitindo uma boa visão de todos os pontos da plateia (que pode ter mesas e cadeiras ou pista em pé). Pessoas com deficiência contam com entrada exclusiva e cães-guia podem acompanhar quem tem problemas de visão. O bar conta com bom cardápio de comidas e bebidas. E há serviço de valet disponível.

Estrutura
3.5
Serviço
3.5
Experiência
4
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Melhor casa pequena (até 400 lugares)
Ana Helena Lima

Casa de Francisca

Referência na cena independente, com shows de importantes nomes atuais (como Metá Metá) e também de veteranos (como Arrigo Barnabé), a Casa de Francisca fez história em um sobrado nos Jardins e, em 2017, mudou-se para o charmoso Palacete Teresa Toledo Lara, no Centro. A compra do ingresso é realizada pelo site da casa, sem taxa de conveniência – e, na entrada, basta dizer seu nome. O serviço de bar é feito de forma autônoma: o cliente pega as bebidas no bar e a comida na cozinha. Durante as apresentações, o atendimento é interrompido, em respeito aos artistas. O som é ótimo e reverbera bem pela casa. As cadeiras, especialmente as das arquibancadas com balcões à frente, são muito confortáveis.

Estrutura
4
Serviço
4
Experiência
3.5
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Melhor teatro
Pedro Abude

Sesc Pinheiros

O Teatro Paulo Autran, do Sesc Pinheiros, é um dos mais confortáveis da rede Sesc, além de ser o maior deles, com 1.010 lugares. É lá que a instituição recebe apresentações concorridas de gigantes da música, lançamentos de álbuns badalados e tributos que correm o risco de não se repetir. Mesmo com a grande fila para retirada do ingresso, comprado pela internet, o atendimento foi rápido. Os funcionários do complexo são simpáticos e sabem responder aos questionamentos dos frequentadores. A poltrona acolchoada, com braço de madeira, é bastante confortável. Outro ponto positivo é a qualidade do som que ecoa do palco – amplo e com boa visibilidade. Os banheiros são limpos e há boa oferta de bebedouros.

Estrutura
4.5
Serviço
4
Experiência
4.5
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Reportagem Renato Vieira / Edição Marina Vaz

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