Uma mão segura um celular com uma foto com o ícone de um cartão de crédito. A imagem foi distorcida para gerar um efeito futurístico
Isenção da anuidade não é mais uma exclusividade de clientes vip. Os jovens também podem ter um cartão de crédito e pagar pouco | Foto: Carla Bridi/ Estadão

Cartão de crédito sem anuidade não é mais vip

A comodidade todo mundo conhece e as taxas do rotativo, também. O que mais podemos esperar dos cartões de crédito?

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Ter um cartão sem anuidade já é possível mesmo para quem não tem investimentos em um grande banco – e, por isso mesmo, mais poder para negociar a isenção. Fintechs como a Nubank, a primeira a entrar neste mercado, criaram opções de cartões sem anuidade e gerenciados de forma totalmente digital.

O “roxinho”, como alguns conhecem o cartão, por causa de sua cor, foi lançado em 2014. E, no começo, virou febre entre os jovens. Mais de 70% dos 4 milhões de clientes do cartão têm menos de 35 anos. Você faz tudo pelo celular, desde pedir o cartão a resolver problemas – a partir daí basta usar o chat, que ainda responde com emojis.

Mas de onde, então, vem a receita da empresa? Segundo a cofundadora da fintech, Cristina Junqueira, o faturamento vem das operações realizadas com a maquininha do cartão e das taxas cobradas caso o cliente não pague o boleto em dia. Na prática, se o usuário pagar tudo em dia, ele não gasta nada para ter o cartão. O risco é ele deixar a conta em aberto.

Caso você não consiga realizar o pagamento em dia, o cartão entra no rotativo e as taxas são altas, em alguns casos maiores que as dos bancos tradicionais. Os juros do crédito rotativo podem chegar a 14% ao mês. Para parcelar a fatura, o teto é 9,75% ao mês.

Também na linha sem taxa de anuidade, o Digio é um cartão de crédito vinculado ao banco CBSS, controlado indiretamente pelo Banco do Brasil e Bradesco. O produto é totalmente digital, seguindo o modelo de zero burocracia, e também não exige abertura de conta em instituição financeira para adquiri-lo.