O Brasil teve inúmeros grandes jogadores nas conquistas mundiais, mas alguns se mostraram fundamentais em momentos agudos, ou durante toda a competição
Nas cinco conquistas brasileiras, todos os jogadores foram importantes, até mesmo aqueles que não atuaram, mas estavam no grupo treinando com afinco diariamente, ajudando os companheiros, apoiando. Alguns, porém, tiveram maior destaque porque foram mais decisivos, se encaixaram no time ou porque foram importantes em momentos cruciais.
Em 1958, na Suécia, Pelé era um menino de 17 anos, que já impressionava no futebol nacional, mas que o mundo não conhecia. Deu seu cartão de visitas contra o País de Gales, brilhou nos jogos seguintes e fez história. Didi foi importante pelos passes, visão de jogo, por suas “folhas secas’’ – as faltas em que a bola caía de repente – e pela liderança e confiança. Ao pegar a bola dentro do gol na final após a Suécia fazer 1 a 0 e caminhar tranquila e firmemente com ela até o meio de campo, sinalizou que a vitória era possível. Vavá fazia jus ao apelido “peito de aço’’. Lutava incansavelmente e não errava chances.
Garrincha foi o nome da Copa de 1962. Quando Pelé ficou fora de ação, machucado, ele tomou para si a missão de conduzir o Brasil ao bi. Amarildo, com sua camisa 20, foi decisivo ao substituir o Rei com eficiência. E Gylmar, que já havia brilhado em 1958, mostrou-se uma barreira quase intransponível.
No México, em 1970, Rivellino teve vários momentos de destaque. Mas o gol de falta empatando, então, o jogo da estreia contra a Checoslováquia foi o propulsor da arrancada para o tri. Campanha que teve um Jairzinho soberbo, com gols em todas as partidas, e Carlos Alberto no melhor da forma física, técnica e com grande espírito de liderança.
Em 1994, numa seleção que optou pelo pragmatismo, a dupla de ataque fez a diferença. Bebeto e Romário se entenderam como irmãos siameses. O baiano foi decisivo no jogo diante dos Estados Unidos; o Baixinho, em todo o Mundial. Taffarel foi fundamental também em vários momentos. Principalmente ao pegar dois pênaltis na decisão contra a Itália.
Na última conquista, em 2002, Marcos manteve a tradição ao fechar o gol contra a Bélgica. Na final, pegou bola complicada num momento delicado do jogo com a Alemanha. Rivaldo e Ronaldo chegaram à Copa “baleados” e tiveram de se superar fisicamente. Não se entregaram. Quando a bola rolou, eles simplesmente ganharam o penta para o Brasil.