Digitalização faz notícias terem recorde de público

Jornalismo multiplataforma permite buscar informação no papel, na web, no tablet, no celular e nas redes sociais

Nunca uma notícia foi tão lida, por tanta gente, como hoje. O que os estudiosos chamam de “sociedade da informação” - a gigantesca revolução dos últimos 30 anos no universo das comunicações - permite que uma novidade qualquer seja buscada em uma página de jornal ou revista, mas também pela internet, em um computador, no tablet, no celular, nas redes sociais. Pode ser lida, vista, ouvida, comentada, debatida em vídeo, compartilhada em grupos, tornar-se viral, criar moda em questão de horas. Links repassam conteúdos, aproximam diferentes públicos. Cadeias de assinantes de serviços e grupos virtuais transmitem e comentam informações interminavelmente.

Rápida e incessante, a informação em tempo real mudou de alto a baixo a antiga relação entre notícia e leitor - e o Estado passou a administrar, ao mesmo tempo, a notícia impressa de cada dia, uma gigantesca memória - o acervo acumulado desde 1875 - e a interatividade com os leitores. Tal mudança só foi possível graças à implantação de um sistema multiplataforma. Resultado: ele é acessado, hoje, por uma média mensal de 15 milhões de usuários únicos no portal estadão.com.br. Por mês, as páginas do Estadão são visitadas mais de 122 milhões de vezes.

Dinamismo. Mudar a forma, mas preservar o conteúdo - eis a receita com a qual o jornal juntou à seriedade da informação o dinamismo da cultura digital. Hoje um leitor pode passear pelas páginas de um caderno e pode também, em um clique, trocar de uma seção para outra, do jornal de hoje para o da semana passada. Pode curtir uma novidade no portal ou vê-la no celular. E, dentro do tablet, usufruir serviços de multimídia, áudio, galerias de fotos, participar de debates.

É um grau de diversificação que, no passado, editores do impresso jamais imaginariam: atuar em um mundo em que a informação envolve o leitor o dia inteiro e o acompanha por toda parte. Em qualquer lugar ele pode dispor da edição impressa integral num smartphone - e nele curtir links que circulam em redes como Facebook, Twitter, Instagram, YouTube. No Facebook, o jornal tem hoje mais de 2,8 milhões de seguidores. No Twitter, outros 2 milhões. Nessa mesma linha criou-se, no Instagram, uma integração diária: leitores enviam ao portal fotos de temas específicos e as melhores entram no portal. No LinkedIn, circulam notícias sobre empresas, marketing, empregos. Vídeos do jornal circulam no YouTube.

Essa interatividade permite que o leitor participe da vida do jornal. Por exemplo informando, pelo celular, como está o trânsito. A novidade se tornou possível graças a uma parceria com o Waze, aplicativo internacional de trânsito. Completando a estratégia, o Estadão está ao alcance do público também nas TVs conectadas - marcas como Samsung, Philips e Panasonic abrigam em seus sistemas produtos do jornal que podem ser acessados pelos telespectadores. O Estado oferece esses serviços pelos três principais sistemas operacionais hoje disponíveis - Android, IOS e Windows 8.

Salto. Foi em 2000 que ocorreu, com a implantação do portal, o primeiro salto nessa revolução: o sistema multiplataforma abriu canais com o leitor, com outras mídias, com o mercado. Tais iniciativas exigem, a todo momento, novos conteúdos. Essa multiplicidade foi bem acolhida - seu sucesso pode ser detectado no intenso uso do Twitter, pelos leitores, para chegar às notícias do jornal. O caminho são os links de matérias, fotos ou vídeos sugeridos de um tuiteiro para outro, nos 140 caracteres.

As eleições presidenciais de 2014 serviram como termômetro desse canal: 38% dos acessos ao Portal Estadão foram de leitores que entraram seguindo links distribuídos de um celular para outro via Twitter. Essa busca respondeu por 17,8 % das páginas vistas, num universo de 144 milhões de page views (um recorde) registradas naquele mês.

Evolução. Essa nova realidade não surgiu de repente. Para atingi-la, o Estado teve um bom preparo, graças ao permanente espírito de evolução, que marcou seus 140 anos de história. Ainda se chamava A Província de S. Paulo, no século 19, quando publicou na capa a primeira foto em clichê. Novos avanços vieram, depois, com a primeira edição extra, a rotogravura, as sucursais em Roma e Lisboa, o primeiro correspondente de guerra da história da imprensa brasileira.

Em tempos mais recentes, o jornal criou um Suplemento Agrícola (em 1955), o Suplemento Literário (1956), abriu duas emissoras de rádio (a Eldorado, em 1958, e a Estadão, em 2013), implantou a Agência Estado (1970), adquiriu o Broadcast (1992), criou cadernos como Aliás (2004) e Paladar (2005). Em 2012, o Portal Estadão cruzou a faixa das 100 milhões de visitas/mês.

Outra iniciativa inédita, também em 2012, colocou a serviço dos assinantes o acervo digitalizado do jornal. Desde então, com um simples clique eles podem encontrar tudo o que nele se imprimiu nesses 140 anos - 2,4 milhões de páginas publicadas.

A partir de 2013, a Rádio Estadão passou a fazer parte da estratégia multimídia do Grupo Estado, não só com produção própria e reportagens exclusivas como também noticiando e repercutindo o conteúdo do jornal e do portal.

O conteúdo do Estadão também é divulgado pelo Broadcast e Broadcast Político - serviços da Agência Estado que, além de produzirem materiais exclusivos, publicam notícias do jornal e da rádio - e distribuído a cerca de 230 veículos de comunicação de todo o Brasil, incluindo agências, editoras, portais e canais de rádio e televisão.