Às vezes, é muito difícil entender por que fatos como o aumento dos juros nos Estados Unidos afetam nossas dívidas ou ainda por que quando o preço da gasolina sobe, o preço do par de sapatos também aumenta. Hoje, entretanto, entender essas relações é fundamental para que possamos administrar nossas vidas, nosso dia a dia.
Todos fomos educados para conviver com outras pessoas em sociedade, no lar ou no ambiente de trabalho. Todos recebemos, em maior ou menor grau, uma educação formal na escola. Todos nós, enfim, possuímos uma formação cultural e profissional, mas que nem sempre engloba a educação financeira. A discussão sobre a importância do dinheiro e de sua boa administração, no entanto, é fundamental para que possamos melhor planejar nossas vidas.
Muitas vezes podemos enfrentar dificuldades por não ter tido informações que nos auxiliassem a conviver melhor com os problemas do consumo e da poupança, em especial, se dependemos do salário para viver. A autogestão financeira é importante para que vivamos com menos preocupações geradas pela falta de reservas financeiras, para que tenhamos maior autonomia em nossas decisões, para que possamos planejar o nosso futuro e o de nossos filhos, entre outros pontos.
Para que haja uma melhor administração do dinheiro, alguns aspectos relacionados à economia devem ser observados. Confira alguns temas essenciais à compreensão das finanças pessoais.
Fonte: IBGE
Atualmente, além de as condições de trabalho serem outras, nossa expectativa de vida é maior do que era há dez ou 20 anos. Para vivermos mais tempo com tranquilidade e conforto, vamos necessitar de mais dinheiro. Por isso, é necessário fazer um planejamento financeiro. Planejar é decidir antecipadamente. Ou seja, devemos decidir antecipadamente o que faremos com nosso dinheiro. Isso ajuda a eliminar desperdícios ou a prevenir a falta de dinheiro e evita surpresas que podem ser bem desagradáveis.
Na hora de planejar, é preciso verificar nossas reais necessidades. Devemos, portanto, estabelecer nossos objetivos e perseguir tais metas. É preciso considerar nossa realidade de vida, ter consciência de nossas limitações financeiras e questionar nossas necessidades.
Às vezes, ao tomarmos uma decisão financeira, estamos tomando uma decisão que implica uma mudança de comportamento no nosso dia a dia. Para poupar, decido diminuir minhas despesas. Mas quais despesas posso reduzir? Posso reduzir despesas domésticas, como luz, água ou telefone? Posso reduzir despesas de supermercado? É muito importante que nosso estilo de vida esteja de acordo com a nossa realidade econômica.
Não há nada de errado em consumir. Ao consumirmos, estamos gerando empregos, ajudando a desenvolver a economia. Consumir pode nos dar prazer e, é claro, é necessário na sociedade moderna. Essa sociedade, porém, fez do consumo um ícone e de várias maneiras cria a ideia de que você é o que você consome: quanto mais consumimos, mais prósperos somos. Isso pode nos levar para o lado do agente econômico deficitário - além de não conseguirmos guardar dinheiro, acabamos por gastar mais do que ganhamos.
Precisamos, então, nos policiar e aprender a esperar a hora certa para comprar; precisamos aprender a dizer não a vendedores insistentes ou a algum amigo que nos pressiona; precisamos nos cuidar para não nos tornarmos excessivamente ambiciosos. Também é preciso tomar certos cuidados com as liquidações e promoções, com o uso indiscriminado dos cartões de crédito, com os financiamentos e empréstimos, etc.
Como mencionando anteriormente, às vezes devemos deixar de consumir agora para consumirmos numa oportunidade mais favorável. Às vezes, o consumo pode se transformar apenas num gasto desnecessário, que trará mais problemas do que prazer.
A taxa de juros pode até parecer ser baixa, mas no longo prazo pesa no bolso do consumidor
Hoje, temos todas as facilidades para comprar. O crédito é fácil e abundante. Temos o cartão de crédito, o cheque especial e várias outras maneiras de antecipar o consumo. Devemos lembrar, entretanto, que há um preço a pagar pela antecipação do consumo: o preço do dinheiro que não temos, isto é, os juros do mercado.
Há numerosas questões a ser levantadas para que possamos planejar adequadamente nossa vida financeira. Desde o estilo de vida que podemos ter até nossa visão de futuro, passando pela análise dos diversos estabelecimentos comerciais e de serviços que utilizamos.
Para nos auxiliar no correto planejamento financeiro, é necessário registrar nossos gastos e projetar nossas necessidades futuras. Em outras palavras, é necessário que tenhamos um orçamento pessoal/familiar para nos basear.
Essa é uma atitude salutar, pois nos força a verificar no que realmente estamos gastando dinheiro. Devemos, para bem planejar nossa vida financeira, saber quais são nossos gastos reais, quais são nossas despesas, até mesmo aquelas que consideramos pequenas.
O primeiro passo é preencher a planilha de controle de gastos . Agora, observe como está gastando seu dinheiro e compare com o quadro a seguir: é possível fazer com que sobre dinheiro no seu orçamento? Veja como é, em média, dividido o orçamento da família brasileira.
Fonte: IBGE - Pesquisa de Orçamento Familiar de 2008/09
1. Primeiro alvo para melhorar nossa posição financeira é cortar de forma radical as despesas que não precisamos fazer todos os meses: o item outros gastos. Ou seja, podemos comprar roupas novas com algum intervalo de tempo; não precisamos ir a restaurantes todos os finais de semana; as viagens podem ser bem planejadas e feitas em épocas apropriadas.
2. Depois de analisar e cortar os gastos absolutamente desnecessários (lembre-se de que nosso objetivo é fazer sobrar recursos de nosso salário), podemos verificar com cuidado como estão nossos gastos variáveis. Com certeza, perceberemos que é possível reduzir um pouco cada um deles. Quando nossa vida financeira estiver organizada e tivermos uma boa carteira de investimentos, poderemos recolocar certos gastos em nosso orçamento.
3. Se tivermos dívidas, precisamos planejar também uma maneira de liquidá-las. Podemos começar a pagar as dívidas mais caras e, para isso, vamos verificar o custo (taxa de juros cobrada) de cada uma delas. Pagamos primeiro as que têm as maiores taxas de juros.
Em algum momento de nossas vidas, devemos começar a nos preocupar com a aposentadoria. Para termos uma boa aposentadoria, é necessário conhecer nosso estilo de vida atual e planejar o que gostaríamos de ter no futuro. Fazendo uma planilha de gastos, é preciso verificar com cuidado quais são os itens que, mais tarde, deixarão de constar em nosso orçamento. Depois, vamos verificar quais serão aqueles que deverão fazer parte deste.
Uma coisa, entretanto, é certa: seja qual for nosso ideal para a vida de aposentado, quanto mais cedo começarmos a guardar dinheiro, melhor. Tendo mais tempo para juntar dinheiro, podemos investi-lo em segmentos de maior risco, que têm taxas de juros (rendimentos) mais atraentes.
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), aquele dinheiro que acumulamos durante nossa vida de trabalho, pode servir como complementação de renda na hora em que nos aposentarmos. Para se fazer uma poupança visando a aposentadoria, podemos lançar mão de outras opções. O Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) são planos de previdência privada que têm as características ideais nesse caso. Com o PGBL, por exemplo, você pode adiar o pagamento do imposto de renda até o momento do resgate, que irá ocorrer em longo prazo. Enquanto isso, você vai ganhando juros também sobre o dinheiro que seria destinado ao imposto de renda. Além disso, existe um benefício fiscal: o valor destinado ao plano é dedutível da renda tributável, limitando-se a 12%. As instituições que vendem esses planos cobram taxas de carregamento e de administração. Portanto, pesquise antes de escolher em qual instituição comprar.
Se tivermos a oportunidade de planejar a educação de nossos filhos a partir do momento em que nascerem, veremos que, sem muito sacrifício, poderemos dar a eles uma boa formação sem que isso venha a tirar nossa tranquilidade.
Várias são as maneiras de planejar como serão pagos os estudos dos filhos: pode-se dividir os gastos em etapas (ensino fundamental, ensino médio, faculdade), pode-se programar uma poupança sem levar em conta essas divisões ou, ainda, optar por outra forma qualquer. O importante é que, também nesse caso, quanto mais cedo começarmos, menor será o desembolso mensal. O plano de aposentadoria é una opção para este investimento de longo prazo.
Na economia há dois tipos de agentes: o superavitário, que tem dinheiro sobrando, e o deficitário, aquele que necessita de dinheiro. Pois bem, tais agentes podem ser pessoas, empresas ou o próprio governo. É o mercado financeiro que possibilita o encontro dos agentes superavitários e deficitários.
Na prática, é o mercado financeiro que interliga empresas, pessoas e governo para que cada um desses agentes possa suprir suas diferentes necessidades: quem tem excesso de dinheiro (agente superavitário) empresta aos que têm falta de dinheiro (agentes deficitários) por meio do mercado financeiro.
O mercado financeiro pode ser dividido em duas partes: o mercado de crédito e o mercado de capitais. O que nos interessa mais de perto é o mercado de capitais, pois é aqui que encontramos o mercado de ações (renda variável) e o mercado de dívidas (renda fixa), nos quais podemos fazer nossa poupança.
Diz a teoria de finanças que quanto maior o risco Risco é a probabilidade de que algo ocorra, seja esse evento positivo ou negativo. Quando negativo, podemos dizer que risco é a probabilidade de que nosso objetivo não seja atingido. Os riscos dos investimentos podem ser medidos por meio de vários modelos estatísticos de gerenciamento de carteiras de ativos, isto é, o conjunto de ativos (investimentos) que formam todas as suas aplicações (valores mobiliários como ações e debêntures). Essas modelagens estatísticas de avaliação de risco conseguem prever a perda máxima de uma carteira - com 95% de probabilidade de acerto. De uma forma ou de outra, o risco permeia todas as aplicações financeiras. O importante é sabermos quais são os riscos dos investimentos que queremos fazer.Uma estratégia para diminuirmos o risco é diversificar nossas aplicações. , maior deve ser o potencial de retorno de suas aplicações. Ao se considerar essa tese, verificamos que o investidor, de forma geral, encaixa-se em um dos três perfis abaixo, quando pensamos em sua capacidade de assumir riscos. Ser conservador, moderado ou agressivo em seus investimentos dependerá da expectativa de quando atingir seus objetivos e resgatar suas aplicações. Quanto maior o prazo, mais tempo temos para administrar nossos investimentos, portanto, podemos ser mais arrojados em nossas aplicações.
Tal investidor não pode ou não deseja correr riscos em sua carteira de aplicações. Isso porque seu objetivo com o investimento é proteger o patrimônio já acumulado.
Admite correr riscos, desde que não sejam tão elevados, em troca da chance de obter maior rentabilidade para seu dinheiro. Seu principal objetivo ainda é proteger o patrimônio.
Seu principal objetivo é aumentar o rendimento sobre o patrimônio. Por isso, não se intimida em aplicar grande parte de suas economias em mercados mais arriscados.
Após descobrir qual nosso perfil de risco, devemos considerar três aspectos ao investir: a) o primeiro deles é a liquidez, o grau de facilidade com que podemos converter o ativo (bem, investimento) em dinheiro. Quanto mais fácil e rápido pudermos converter um ativo em dinheiro, maior será sua liquidez. Em certos casos, precisamos de liquidez em nossos investimentos. Por exemplo, se guardamos dinheiro esperando uma boa oportunidade de negócio, devemos investir em ativos com alta liquidez.
Outro aspecto a ser considerado é a segurança, que diz respeito ao risco percebido pelo investidor. Aplicar significa assumir riscos para obter os retornos desejados. De acordo com nosso perfil, podemos estabelecer o grau de risco que estamos dispostos a assumir em função dos retornos esperados. Se não estamos dispostos a assumir riscos, vamos investir em aplicações conservadoras; se somos mais arrojados, se estamos dispostos a assumir riscos maiores, vamos investir em aplicações agressivas.
O último aspecto é a rentabilidade, o retorno que esperamos obter com o investimento efetuado. Devemos ter em mente que os três aspectos nunca se encontram no mesmo tipo de investimento: não podemos ter um investimento líquido, seguro e rentável ao mesmo tempo. O mais comum é encontrarmos tais aspectos em grupos de dois, isto é, num determinado investimento teremos liquidez e segurança, mas com baixa rentabilidade; noutro, teremos liquidez e rentabilidade mas, para isso, assumiremos riscos maiores (menor segurança); e finalmente noutro, teremos segurança e boa rentabilidade sem, contudo, termos liquidez.
1Qual é sua faixa etária?
2Quantas pessoas dependem economicamente de você?
3Ao investir no mercado financeiro, você pretende:
4Em relação a suas aplicações no mercado financeiro hoje:
5Investindo hoje, você pretende iniciar os resgates de suas aplicações:
6Como você reagiria a flutuações em seus investimentos?
7Quando contrata um seguro para seu carro, você:
Perfil Conservador
Você quer proteger suas economias, mas não se sente confortável para assumir riscos. Prefere aplicações que tenham um rendimento baixo, mas que não deixem seu coração aos pulos em momentos de crise.
Perfil Moderado
Além de proteger seu dinheiro da inflação, você quer que suas aplicações financeiras o ajudem a aumentar seu patrimônio. Para isso, está disposto a correr riscos, mas sem exageros.
Perfil Agressivo
Você está disposto a assumir riscos, pois quer aumentar bastante seu patrimônio com as aplicações financeiras que realiza. Sua situação financeira atual lhe permite arriscar mais, e você consegue encarar com frieza os momentos de crise financeira.
Vamos examinar algumas opções de investimento:
A forma mais comum de investimento é a caderneta de poupança. Não descartamos a possibilidade de fazer aplicações em caderneta de poupança, pois devemos admitir que o primeiro passo para investir é poupar, mas devemos lembrar que, atualmente, os rendimentos da caderneta de poupança são pequenos e existem outras opções que rendem mais.
A caderneta de poupança é a mais conservadora das aplicações existentes no mercado financeiro. Lembre-se: quanto maior a segurança e a liquidez, menor a rentabilidade auferida pelo investidor. Mas cuidado! Essa segurança é limitada. Por meio do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), o governo garante a liquidez dos depósitos efetuados em cadernetas de poupança até o valor de R$ 250 mil . Essa garantia se dá na hipótese de decretação de intervenção, liquidação extrajudicial ou falência de instituição ou, ainda, na hipótese de o Banco Central Banco Central do Brasil (BC): é uma autarquia federal integrante do SFN e exerce a função de secretaria do CMN. Compete ao BC emitir moeda, controlar o crédito, o capital estrangeiro, autorizar as instituições financeiras a funcionar, fiscalizá-las e aplicar penalidades. É também de sua competência a compra e venda de títulos públicos federais, o entendimento, em nome do governo brasileiro, com instituições financeiras internacionais, a emissão de títulos de responsabilidade própria e outras atividades. reconhecer o estado de insolvência da instituição.
A casa própria faz parte da nossa cultura. É sinônimo de segurança, de investimento seguro. A partir do Plano Real, a situação se alterou: as taxas de juros se elevaram sobremaneira, fazendo com que o rendimento real médio anualizado dos imóveis ficasse abaixo de alguns investimentos financeiros. Existem, porém, pelo menos duas formas de se analisar a compra de um imóvel como investimento:
a) Comprando o primeiro imóvel – se este é o caso, vamos encarar o investimento de forma diferente de um investimento financeiro. Ao destinar recursos para o pagamento da prestação de um financiamento imobiliário, estou investindo em algo que fará parte do meu patrimônio e que, ao longo do tempo, me proporcionará uma rentabilidade por meio da sua valorização. Estarei, dessa forma, trocando a alocação dos recursos do aluguel para a compra do imóvel e, mesmo que a parcela do financiamento seja maior que o montante destinado ao aluguel, ainda assim posso considerá-la como uma poupança.
b) Investindo em imóveis – ao considerarmos a possibilidade de comprar imóveis como investimento, devemos lembrar que a rentabilidade, nesse caso, é dada pelo valor do aluguel recebido mais a valorização do preço do imóvel, menos a depreciação e as despesas com manutenção. O que deve ficar claro é que, além da baixa liquidez, existem riscos nesse tipo de investimento também. Além da depreciação natural pelo uso do bem, existe a depreciação pelas tendências e modismos: um apartamento de luxo, na década de 70, tinha quatro dormitórios, sendo uma suíte, dois banheiros e apenas uma garagem. Para o mesmo perfil de consumidor, atualmente, um apartamento deve ter quatro suítes, quatro garagens, lavabo, playground, salão de festas, piscina, sala de ginástica, segurança, etc.
Títulos de renda fixa são papéis representativos de uma dívida. Isto é, são títulos emitidos por empresas ou pelo governo, os quais pagam juros por eles. Quando compramos um título de renda fixa, nos tornamos credores do emissor. De forma simplificada, ao comprar um título de renda fixa é como se fizéssemos um contrato emprestando dinheiro às empresas ou ao governo que, por sua vez, se comprometem a pagar juros fixos em intervalos regulares.
Da onde vem o banco? A palavra "banco" vem do alemão bank, que era um banco de madeira usado pelas pessoas que trocavam ou emprestavam dinheiro. A partir da Idade Média, as casas que realizavam atividades similares herdaram o nome. Dois exemplos de títulos de renda fixa privados são as debêntures, que representam dívidas de uma empresa, e o Certificado de Depósito Bancário (CDB), um título emitido por bancos que paga juros prefixados ou pós-fixados. Cuidado com os CDBs que estiverem pagando taxas muito maiores que as do mercado. Um banco que esteja pagando taxas muito altas pode estar com dificuldades para captar recursos no mercado, o que pode ser um indicativo de problemas com sua saúde financeira.
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Guia de como aplicar no Tesouro Direto
Os títulos públicos são títulos de renda fixa que pagam juros. Títulos públicos são papéis emitidos pelos governos (federal, estadual e municipal) e representam sua dívida. Atualmente, de maneira geral, os títulos públicos mais negociados são os títulos públicos federais. É possível investir neles diretamente, via internet, por meio do Tesouro Direto.
O sistema financeiro possibilita o encontro dos agentes econômicos superavitários e deficitários. Aqueles que têm excesso de recursos financeiros (poupadores) os colocam à disposição, via mercado financeiro, daqueles que necessitam desses recursos. Quando uma empresa deseja expandir seus negócios ou modernizá-los, necessita de recursos adicionais e pode emitir ações, vendendo-as diretamente aos investidores – esta é uma oferta de ações feita no mercado primário.
Quando os investidores negociam ações na Bolsa, diz-se que estão recorrendo ao mercado secundário. Essas negociações só podem ser feitas pelas corretoras de valores. O mercado de ações contribui para o desenvolvimento econômico, estimulando a formação de poupança privada, na medida em que permite a captação de recursos financeiros para investimentos que geram emprego e renda.
Quem compra uma ação se torna sócio da empresa. Podemos encontrar ações de lojas nas quais compramos, de bancos nos quais temos conta, de fabricantes dos mais variados artigos que usamos.
Ação é um título patrimonial representativo da menor parcela do capital de uma empresa juridicamente constituída como uma sociedade por ações. Quando essa empresa tem lucros, ela pode reservar parte deles para distribuir aos seus acionistas: essa parcela do lucro distribuída chama-se dividendo.
As ações podem ser ON (ações ordinárias nominativas), que dão direito a voto nas assembleias de acionistas da empresa, ou podem ser PN (ações preferenciais nominativas), que dão preferência a seu proprietário no recebimento de dividendos e não têm direito a voto.
Para aplicar em ações, isto é, para negociar ações, precisamos de uma corretora de valores ou de uma distribuidora de valores. A corretora de valores é uma instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil e é fiscalizada por ele e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). As corretoras fazem a intermediação entre os compradores e vendedores de ações na Bolsa.
A Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&FBovespa) centraliza as negociações com ações e títulos de renda fixa. No mercado de derivativos, realiza a negociação de contratos baseados em ativos financeiros, índices, taxas, mercadorias e moedas, nas modalidades a vista e/ou de vencimento em data futura.
Além da compra direta da ação, existem mais duas formas de participar do mercado acionário. Clubes e fundos de investimento podem ser uma boa opção para aqueles que não têm tempo de acompanhar o mercado e seus vários detalhes. Mas devemos estar sempre atentos aos custos envolvidos na aplicação. O principal deles é a taxa de administração.
Os clubes de investimento são uma forma de investimento coletivo que congrega pessoas de seu relacionamento. É possível chamar amigos, familiares, colegas de trabalho e investir em ações. Para formar um clube, é preciso cadastrá-lo em uma corretora de valores, que atuará como administradora e cuidará de todos os documentos e registros necessários, orientará na elaboração do estatuto social (documento de criação do clube) e poderá fazer a gestão da composição da carteira de ações do clube.
O clube deve ter no mínimo três e no máximo 150 pessoas. Um cotista será o representante dos investidores, que, em conjunto com a corretora escolhida e após os registros legais, decidirá sobre a gestão do clube. No caso da carteira, todo clube deve ter no mínimo 51% do dinheiro aplicado em ações. Os 49% restantes poderão ser investidos, por exemplo, em renda fixa.
Já os fundos de investimento são produtos de instituições financeiras, também constituídos como investimento coletivo. Ao aplicarmos num fundo de investimento, estamos comprando cotas (parcelas desse fundo) e nos tornando cotistas. Os fundos são regulamentados e fiscalizados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e podem ser compostos por papéis de renda variável (ações) ou de renda fixa (debêntures, notas promissórias, CDB, dentre outros).
Para escolher o fundo em que aplicaremos, devemos analisar o regulamento, a política de investimentos, quem são o administrador e o gestor, como é sua performance e quais são as taxas de administração.
Saiba como investir no mercado acionário
Clube de Investimento
Se você optar pela criação de um clube, deverá, antes de tudo, procurar uma corretora de valores, pois ela é quem vai ajudá-lo e orientá- lo quanto à documentação necessária para criá-lo, bem como na composição da carteira de ações. É necessário o mínimo de três pessoas, que juntas definirão o estatuto que regerá as atividades do clube.
Fundo de investimento
Se optar por investir por meio de um fundo, cuide para escolher o melhor: procure conhecer o que puder sobre os administradores do fundo e sua política de investimento. Nesse caso, a carteira será definida pelo gestor do fundo escolhido. Além disso, pesquisa as taxas de administração associadas ao investimento.
Investimento individual em ações
Se quiser investir individualmente, procure uma corretora de valores credenciada pela BM&FBovespa. Faça seu cadastro e converse com sua corretora, que lhe indicará as melhores oportunidades de investimento. Depois de se decidir, envie sua ordem de compra ou venda por telefone ou internet (home broker).
Edição de texto | Yolanda Fordelone |
Direção de Arte | Fabio Sales |
Editora de Infografia | Regina Elisabeth Silva |
Ilustração | Marcos Muller |
Webdesign | Carlos Marin, Carol Rozendo, Renan Kikuche, Tiago Henrique, Vinicius Sueiro |