Um grupo de desajustados unido por uma causa nobre: salvar o mundo. Ou livrar as próprias peles. Já vimos esse filme antes algumas vezes – de westerns até Guardiões da Galáxia, hit da Marvel Studios que surpreendeu até os executivos mais otimistas. Tudo abriu caminho para a chegada de Esquadrão Suicida aos cinemas, da rival DC Comics. O longa, dirigido por David Ayer, estreou nas salas de cinema nesta quinta-feira, 4.
Há alguns anos, era impensável a ideia de se ver vilões não tão importantes dos quadrinhos, caso de Crocodilo e Amarra, em destaque na tela grande. Os estúdios, contudo, perceberam que para a roda dos heróis nos cinemas continuar girando é necessário partir para os personagens B – algo que a Marvel percebeu ao fazer as contas e ver que seria impossível pagar cifras altíssimas para seus principais astros, caso de Robert Downey Jr. e Chris Evans, os responsáveis por dar vida a Homem de Ferro e Capitão América, em todos os seus filmes.
Era necessário variar. E encontraram seus desajustados. Guardiões da Galáxia é pop, tem gostinho vintage desde a trilha sonora aos efeitos especiais e práticos ultra-coloridos.
David Ayer há tempos desejava levar os desajustados da DC para as telonas. Enquanto o sisudo Batman Vs Superman: A Origem da Justiça, protagonizado por Ben Affleck e Henry Cavill, recebe os holofotes pela pompa de seus protagonistas, não há nada que prenda Esquadrão Suicida. Até mesmo a insanidade de seus protagonistas entra a favor do humor do filme.
Iniciado em 1959, o Esquadrão era chamado de Os Bravos e Corajosos, um grupo de criminosos que se uniam ao exército para lutar contra os alemães na Segunda Guerra Mundial. Ao longo das décadas, o grupo sumiu e retornou aos quadrinhos.
Já teve outros integrantes mais famosos, como Lex Luthor e Coringa, mas a formação que chegou aos cinemas se viu em missões suicidas desde 1987, quando Amanda Weller, no cinema interpretada por Viola Davis, surgiu nas HQs para reunir os vilões e mandá-los em missões nas quais eles provavelmente fossem perder suas vidas.
Batman Vs Superman: A Origem da Justiça deixou críticos e alguns fãs ressabiados quanto ao futuro da DC nos cinemas. E essa parece ser a missão suicida ideal para os desajustados da editora.