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O financiamento foi agravado pela Emenda Constitucional 95, que congelou os gastos com saúde e educação. Isso precisa ser revisto para que possamos expandir a rede educacional e aumentar os investimentos. É preciso também reformular o currículo, oferecer conteúdos mais aprofundados, para o aluno pensar criticamente. Também ampliar o acesso na educação infantil, ensino médio e superior.
O teto de gastos foi uma medida absurda desse governo golpista, não existe nada parecido em nenhum lugar do mundo. Essa emenda precisa ser imediatamente revista para que possamos cumprir as metas do Plano Nacional de Educação. Muitas delas já estão atrasadas, mas com mais recursos e com o esforço de toda a comunidade escolar, poderemos virar esse jogo.
O que precisa ser preservado na relação professor-aluno é a liberdade de cada um. Não se pode partir do pressuposto equivocado de que os alunos são incapazes de ouvir criticamente as informações repassadas em sala de aula. Isso é tão estúpido que desconsidera que as informações estão disponíveis na internet, por exemplo.
“Devemos fazer uma grande formação dos professores e respeitar a pluralidade” –
Foto: Helvio Romero/Estadão
Precisamos aperfeiçoar os programas que ampliam o acesso ao ensino superior, garantindo maior controle na qualidade e ampliando os recursos. É necessário, ainda, ampliar a oferta de vagas nas universidades públicas.
Não podemos considerar isso, até porque ainda temos problemas básicos na educação a serem solucionados.
A classe média é crescentemente onerada com serviços de educação pelo desmantelo dos serviços públicos. Ela só encontra algum alívio no ensino superior. O que precisa ser melhorada é a qualidade do ensino básico público, garantindo que os alunos possam realizar o Enem em condições de igualdade.
Estamos estudando os números de déficit de vagas na educação infantil e já temos a previsão de ajudar Estados e Municípios a abrirem e custearem 300 mil novas vagas de creches e mais 440 mil vagas no ensino infantil nos próximos oito anos.
Expandir a rede e assegurar um ensino atrativo, em tempo integral, em que o aluno se sinta feliz na escola. O caso do Ceará é exemplar. Precisamos replicar para o País essa experiência exitosa. Hoje, das 100 escolas públicas do ensino fundamental com maior Ideb do País, 77 estão no Ceará.
O Ideb do ensino médio, no entanto, não atingiu à meta estipulada para 2015
Vídeo: Canal Roda Viva no YouTube
Deve haver um esforço nacional de melhoria efetiva dos salários dos professores. A União deve ter maior participação nessa conta junto aos Estados e municípios.
O piso salarial nacional do professor é de R$ 2.455.
Precisamos investir maciçamente na expansão da rede da educação básica para garantir mais acesso e ampliar os investimentos em ciência e tecnologia. O Brasil tem um Plano Nacional de Educação, em que existem metas de igualdade de acesso para o ensino básico e o ensino superior.