21/3/1960
O início
Nasce em São Paulo Ayrton Senna da Silva, o segundo dos três filhos do casal Neide e Milton, moradores da Zona Norte da capital paulista.
1973
Estreia
Nove anos depois de ganhar o primeiro kart do pai, Ayrton estreia em uma corrida oficial, disputada em Interlagos.
O então adolescente vence e no ano seguinte, conquista o primeiro título da carreira, o Campeonato Paulista de kart.
1981
Ida à Europa
Depois de ganhar o título Sul-Americano, vai para a Inglaterra,
onde começa a competir na Fórmula Ford 1600, pela equipe de Ralf Firman, a Van Diemen. Em 20 provas, conquista 12 vitórias e se torna campeão da categoria.
1983
Revelação
Já campeão das Fórmulas Ford e 2000, estreia na Fórmula 3. Ganha as nove primeiras etapas e garante o título. Começa a se tornar famoso e recebe convites para testar carros da Fórmula 1 pelas equipes Toleman, McLaren e Williams, de quem aceitou a proposta. Em julho, anda pela primeira vez em um carro da principal categoria do automobilismo e logo na estreia, bate o recorde da pista de Donington Park.
25/3/1984
A primeira corrida
Senna acerta com a Toleman e estreia na Fórmula 1 no GP do Brasil, em Jacarepaguá. Abandona por problemas mecânicos, mas seria o destaque em Mônaco, meses depois, quando sob intensa chuva ameaça os grandes pilotos da época e termina a prova em segundo lugar.
21/4/1985
Prazer, Ayrton
No GP de Portugal, em Estoril, faz a primeira pole-position da carreira.
A prova foi disputada sob chuva e o piloto, já na Lotus, liderou de ponta a ponta e conquistou a primeira vitória da carreira.
22/6/1986
Dia da bandeira
No dia seguinte à eliminação do Brasil para a França na Copa de 1986, Senna deu o troco aos algozes. Ganhou o GP dos Estados Unidos e após cruzar a linha de chegada, resolveu pegar a bandeira brasileira de um torcedor para comemorar. O gesto virou sua marca registrada e foi uma forma de devolver o sarro sofrido pelos mecânicos franceses da equipe.
3/4/1988
Em equipe de ponta
Senna faz no GP do Brasil a primeira corrida pela McLaren, equipe de ponta na época. Apesar da expectativa, o estreante é desclassificado na 31ª volta por ter trocado de carro antes da largada. A primeira vitória na nova escuderia viria somente no próximo GP, em San Marino.
30/10/1988
O primeiro título
Em prova de recuperação, Senna ganha depois de cair para 16º lugar na largada em Suzuka, no Japão. O brasileiro se recuperou, ultrapassou o grande rival, o companheiro de equipe Alain Prost, e recebeu a bandeirada na primeira posição, para comemorar o título.
22/10/1989
Polêmica - Parte I
Novamente em Suzuka, Senna e Prost decidem o título. O brasileiro tenta ultrapassar o francês e os dois batem, já a seis voltas do fim.
Enquanto Senna volta para a pista e consegue se recuperar e vencer, Prost larga o carro e caminha para os boxes. Ao fim da prova, a organização acusa Senna de ter cortado caminho quando retornou ao circuito após a colisão e o campeão de 1988 é desclassificado.
A decisão deu o título ao francês.
21/10/1990
Polêmica - Parte II
De novo em Suzuka, Senna e Prost lutam pelo campeonato, mas dessa vez a vantagem é do brasileiro diante do francês, que estava na Ferrari.
Na primeira freada da prova, os dois batem e abandonam a corrida.
Prost acusa o brasileiro de ter provocado o acidente e embora Senna tenha negado, deixou o Japão com o segundo título mundial na bagagem.
24/3/1991
Consagração em casa
Um dos grandes sonhos do Senna era ganhar o GP do Brasil.
Depois de muita expectativa, o objetivo se concretizou em uma tarde de muito sofrimento. O piloto liderou a prova em Interlagos, sob chuva, mas teve de superar as falhas de um carro que ficou apenas com a 6ª marcha. Após a bandeirada, o público em êxtase aplaudiu o herói,
que estava extenuado.
21/10/1991
É hora do Tri
Daquela vez o adversário era o inglês Nigel Mansell, da Williams.
A disputa no Japão, porém, durou pouco tempo porque o Leão rodou no começou da prova e deixou o título cair no colo de Senna, que terminou a corrida em segundo lugar, atrás do seu companheiro,
o austríaco Gerhard Berger.
7/11/1993
O fim de uma era
Já acertado para 1994 com a equipe que tanto sonhou em correr, a Williams, Senna fez em Adelaide, na Austrália a última corrida pela McLaren. A prova foi ainda mais significativa historicamente por ter sido também a última vitória do brasileiro e a despedida de Alain Prost da Fórmula 1. O francês, já campeão da temporada,
foi o segundo colocado da corrida.
27/3/1994
Frustração
Depois de anos à espera de uma oportunidade para correr na Williams, a primeira corrida na escuderia foi decepcionante.
Em Interlagos, Senna largou na pole position, mas perdeu a posição para o alemão Michael Schumacher, da Benetton. No desespero para alcançar o adversário, o brasileiro rodou e deu adeus à corrida.
1/5/1994
Tragédia
Em um fim de semana marcado por acidentes em San Marino, Ayrton Senna colide no muro de concreto na saída da curva Tamburello.
Um pedaço da barra de suspensão da Williams se solta, quebra a viseira e atinge a cabeça do piloto, que não resiste aos ferimentos e tem a morte confirmada horas depois do fim da prova.
4/5/1994
Despedida
Mais de um milhão de pessoas vai às ruas de São Paulo para acompanhar o cortejo do caixão do tricampeão mundial de Fórmula 1.
O corpo de Senna desembarcou em Cumbica, foi velado na Assembleia Legislativa e depois, foi enterrado no Cemitério do Morumbi.
Novembro de 1994
O legado
É fundado em São Paulo o Instituto Ayrton Senna, antigo projeto idealizado pelo piloto de montar uma organização sem fins lucrativos que pesquisa e produz conhecimentos para melhorar
a qualidade da educação.
16/12/1997
Julgamento
O juiz italiano Antonio Constanzo declara inocente os seis acusados pelo acidente fatal de Ayrton Senna. Entre os reús, estavam dois projetistas da Williams (Adrian Newey e Patrick Head), o inspetor de segurança da FIA (Roland Bruynseraede), o diretor da empresa que administrava o autódromo (Federico Bendinelli), além do diretor da pista (Giorgio Poggi).
2004
Reconhecimento
Unesco concede ao Instituto Ayrton Senna a Cátedra em Educação e Desenvolvimento Humano.
É a primeira ONG no mundo a receber essa chancela, normalmente concedida a universidades e centros de produção de conhecimento.
20 anos sem o tricampeão