19 de julho de 2015
A gestão Fernando Haddad (PT) mexeu com a circulação dos paulistanos pela metrópole. Em meio a polêmicas e críticas de falta de estudos de viabilidade, o prefeito deu prosseguimento a sua política de criação de faixas exclusivas de ônibus, ciclovias e parklets. Nessa disputa, os carros, modal responsável por um terço dos deslocamentos por São Paulo, perdem cada vez mais espaço.
Ainda na área de mobilidade, a gestão petista passou a reduzir os limites de velocidade máxima das vias arteriais da capital, sob a alegação de diminuir a letalidade dos acidentes de trânsito. Outra controvérsia suscitada, e aprovada no Plano Diretor Estratégico, prevê a desativação do Elevado Costa e Silva – resta, porém, saber o que fazer com o Minhocão: transformá-lo em parque ou demoli-lo? E para onde vão os carros?
Em tramitação na Câmara Municipal, a proposta de Lei de Zoneamento de Haddad também apresenta impasses e levanta debates acalorados. As Zonas Corredores (ZCor) criadas nas atuais Zonas Estritamente Residenciais (ZERs) ameaçam, segundo moradores de bairros como os Jardins, tirar o sossego de quem adquiriu o direito de viver em paz – e paga caro por isso.
O Estado reuniu, em cinco capítulos, especialistas em transportes, em urbanismo, moradores, líderes comunitários, empresários e autoridades, como o vereador da oposição Andrea Matarazzo (PSDB) e o próprio prefeito Haddad para dizer para onde vai São Paulo.
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