50 bibliotecas públicas viram makerspaces

Comitê pela Democratização da Informática quer incentivar inclusão digital dos jovens no País

Julia Lindner

Um espaço tradicional de conhecimento ganha uma roupagem tecnológica e assume um novo significado. O programa Recode, lançado neste ano pelo Comitê para Democratização da Informática (CDI), pretende transformar bibliotecas públicas em makerspaces para incentivar a inclusão digital dos jovens brasileiros. Em todo o País, são 50 instituições contempladas pelo Recode e a expectativa é que o programa impacte mais de 300 mil usuários.

Para Elaine Pinheiro, diretora executiva do CDI, a iniciativa não diminui a importância dos livros, mas pode abrir espaço para que os jovens sejam autores - ou makers.  “Os livros sempre serão importantes, mas a biblioteca pode ajudá-los a desenvolver habilidades fundamentais do século 21.”

Além de receberem dez computadores cada, as bibliotecas dos 46 municípios beneficiadas pelo Recode terão treinamento para os bibliotecários. O programa prevê workshops e oficinas gratuitas para ensinar programação, desenvolvimento de games e experiências digitais aos usuários. “A biblioteca passa a ser um espaço com altíssimo potencial para as pessoas exercerem um papel cívico. O espaço maker é a reinvenção na forma de aprender”, diz Elaine.